Ameaçada de morte, Nelci denuncia que vereador cobrava propina

Ameaçada de morte pelo vereador Elpidio da Silva Meira (PR), a prefeita Nelci Capitani (DEM) reage à acusação do republicano de que teria embolsado a verba para pavimentar ruas da cidade e pago propina aos vereadores. Nelci alega que Elpidio chegou a procurá-la e, em diversas ocasiões, mandou recado com o aviso de que precisava de dinheiro. “Nunca paguei propina, ao contrário, o Elpidio que sempre veio me cobrar e mandou recado por várias pessoas”, contrapõe a prefeita.

Ela foi ameaçada de morte, durante a manhã, por Elpidio na sessão da Câmara em que foi instaurada uma CPI para apurar denúncia de abuso de autoridade contra o parlamentar. Na ocasião, Elpidio agrediu com chutes e socos o autor do requerimento, José Anchieta (PR), que ainda está internado no hospital do município com quatro pontos na testa e dores no corpo.

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Elpidio chegou a ser preso, mas deixou a cadeia durante a tarde. Após ser liberado pelo delegado Vinicius Franciscon Prezotto, o vereador declarou que a prefeita desviou recursos de uma obra para pavimentação, em conluio com outros parlamentares. No ano passado, ele protocolou a denúncia no Ministério Público e Tribunal de Contas no Estado com a alegação de que uma “empresa fantasma” venceu a licitação.

A prefeita afirma, porém, que os dois pedidos de investigação foram arquivados. “É uma empresa sólida. O CNPJ estava registrado no endereço de um dos terrenos da empresa, onde fica o depósito de areia e brita. Do outro lado da rua, fica a sede do estabelecimento. Elpidio usou isso para alegar que se tratava de empresa fantasma, mas o próprio Ministério Público pediu o arquivamento da investigação no TCE por falta de procedência da denúncia”, sustenta.