Réus são absolvidos da acusação de homicídio do cacique Veron
Os três réus acusados de homicídio do cacique guarani-kaiowá Marcos Veron foram absolvidos na noite de ontem em um Tribunal de Júri da Justiça Federal de São Paulo.
Estevão Romero e Jorge Cristaldo Insabral foram inocentados da acusação de tentativa de homicídio e Carlos Roberto dos Santos, de homicídio duplamente qualificado.
No entanto, eles foram condenados a 12 anos e 3 meses pelos crimes de tortura, sequestro e formação de quadrilha. Santos teve a pena aumentada em 6 meses pela acusação de fraude processual.
A decisão foi tomada por um júri de seis homens e uma mulher depois de cinco dias de julgamento.
Os três irão recorrer da decisão em liberdade até o trânsito em julgado.
Foragido, o acusado Nivaldo Alves Oliveira teve seu processo desmembrado e suspenso.
O Tribunal de Júri foi transferido para São Paulo por decisão do TRF (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região em 2009. A Justiça entendeu que havia suspeita sobre a imparcialidade dos jurados da região.
Veron, então com 72 anos, foi morto em 2003 em um ataque sofrido na fazenda Brasília do Sul --terra reivindicada pelos guarani-kaiowás.
Outros índios também foram agredidos pelos quatro homens que seriam funcionários da fazenda.
Em Mato Grosso do Sul, tramita uma ação que irá julgar o dono da fazenda e outros 23 acusados. As testemunhas desse processo estão sendo ouvidas.
Os crimes relacionados aos indígenas são julgados pela Justiça Federal e não pela Justiça Estadual como nos outros casos.
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