Jilson está numa situação vexatória, aponta José Domingos

Após três meses de indefinição sobre o futuro da secretaria de Desenvolvimento Rural, o deputado José Domingos Fraga (DEM) avalia que Jilson Francisco, hoje à frente da pasta, está numa situação “vexatória” e aponta para o “esfriamento” das discussão entre a cúpula do partido e o governador Silval Barbosa (PMDB). “Eu, pelo menos, não gostaria de estar no lugar do Jilson, sem saber se vai continuar ou não. Uma decisão deve ser tomada rapidamente”, aponta o parlamentar.

Na avaliação de José Domingos, a demora está sendo conveniente tanto para lideranças do DEM contrárias à composição com o governo, como para o próprio Silval. “Esta discussão não está tendo a urgência necessária. Acho que está sendo interessante para ambas as partes”, critica.

Convidado pelo governador para assumir a secretaria, José Domingos tem o aval da maioria dos membros da executiva estadual do DEM. Também conta com o apoio do primeiro suplente do partido na Assembleia Legislativa, Gilmar Fabris, um dos poucos democratas a declarar publicamente o apoio à reeleição de Silval na eleição do ano passado, apesar de prefeitos também terem defendido, de forma velada, a candidatura do governador.

No pleito, o DEM indicou o então deputado estadual Dilceu Dal Bosco a candidato a vice-governador na chapa encabeçada por Wilson Santos (PSDB). Após a eleição, a cúpula do partido, formada pelo presidente Oscar Ribeiro, e pelos irmão Jayme e Júlio Campos, senador e deputado federal, respectivamente, votou contra a indicação de José Domingos para o staff de Silval. Porém, foram vencidos pela maioria.

Segundo o deputado, Júlio e Oscar são contrários ao eventual acordo com Silval, mas respeitam a decisão dos demais colegas, enquanto Jayme demonstra resistência. “Mas, se for para eu assumir, quero unanimidade no partido, já basta a divisão que houve durante a campanha”, aponta. Submetido a uma cirurgia no joelho na última semana, Zé Domingos diz que estava se recuperando e ainda não foi procurado pelo governador para uma nova rodada de negociação em torno do espaço do primeiro escalão.