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Polícia
Terça - 01 de Março de 2011 às 09:21

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A migração das agências que antes eram do ABN Real e que passaram a ser do Santander está provocando uma verdadeira reviravolta no ambiente de trabalho e na vida de centenas de funcionários que atuam em Mato Grosso. Dentre as principais denúncias que têm chegado ao Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT) estão às que são relacionadas às mudanças das antigas agências do Banco Real para o sistema operacional utilizado pelo Santander.

Para o presidente do Sindicato, Arilson da Silva, que também é funcionário do extinto Real, hoje, Santander, neste contexto estão envolvidos vários fatores, entre eles, a própria lentidão do sistema e o caos que vem sendo gerado dentro das agências do banco. “Faltam monitores para orientar os clientes e funcionários sobre o funcionamento do novo sistema, o que além de provocar indignação, também está prejudicando os bancários, que estão cada vez mais sobrecarregados, isso, sem falar nas metas, que são cada vez maiores”, afirma.

O início da fusão das operações entre o ABN Real e o Santander começou em agosto de 2008, quando foi anunciada a demissão de 400 funcionários do grupo. Em outubro do mesmo ano, o Santander anunciou seu plano estratégico para 2008/2010, quando o então presidente mundial do banco, Emílio Botin, afirmou que a integração Santander-Real não seria uma reestruturação, mas um projeto de crescimento, com a ampliação do número de agências em 400.

“Quase três anos se passaram e até agora, o que temos visto é uma sequência de fatos desagradáveis, entre eles, a precarização e a falta de condições de trabalho nas agências do Santander. Por isso, o movimento sindical, seja em nível estadual ou nacional, não vai virar as costas para essa situação que envolve milhares de trabalhadores que hoje estão sobrecarregados, nas agências do Santander”, conclui Arilson da Silva.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo (SEEB-SP) Marcelo Pereira de Sá, os problemas que antes já eram grandes no Santander, tomaram dimensões muito maiores, depois da fusão com o Real. “A maioria dos problemas é causada pela falta de funcionários no banco, que é agravada ainda mais, pelas deficiências no sistema operacional”, explica.

Em Cuiabá, dentre as denúncias que têm chegado ao Sindicato estão também, as relacionadas à falta de monitores nas agências com conhecimento do sistema operacional do Santander, o que interfere diretamente no atendimento. Conforme relato da diretora do SEEB-MT Nice Pereira, “tudo é totalmente novo e a falta dos monitores para instruir tanto os funcionários, assim como os clientes, está provocando um alto nível de stress no ambiente de trabalho, já que os clientes têm as dúvidas, mas os funcionários não estão conseguindo saná-las”, reforça.

Ela relata que já são comuns os casos de funcionários que estão querendo sair do banco devido a pressão, ao assédio moral e a indisponibilidade de soluções. (assessoria SEEB-MT).
 




Fonte: A Gazeta

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