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Polícia
Quarta - 02 de Março de 2011 às 08:28
Por: Silvana Ribas

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Foram presas Elitânia Soares, Jaqueline da Costa e David do Carmo Lemos, dono de um lava-jato
Foram presas Elitânia Soares, Jaqueline da Costa e David do Carmo Lemos, dono de um lava-jato
Duas mulheres foram presas depois de receberem R$ 3 mil relativos a extorsão para a devolução de um veículo tomado em assalto no dia 9 de fevereiro. Um presidiário comandava a extorsão de dentro da prisão, pelo celular. O veículo Gol, ano 2010, foi recuperado por policiais da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derfva) e foram presas Elitânia Soares de Oliveira, 20, e Jaqueline da Costa Gomes, 18. Outro que foi preso é David Jesus do Carmo Lemos, 22, dono de um lava-jato, no bairro Quilombo. No pátio da empresa dele foi localizado o veículo, já com a numeração do chassis adulterada, placas clonadas com outra numeração e nova documentação "esquentada".

Segundo o chefe de operações, Vlademire Lima Barros, com certeza mesmo que pagasse a extorsão a proprietária do veículo não teria ele devolvido, pois de acordo com a nova documentação significa que ele seria vendido. Ela não tinha seguro e o carro está avaliado em mais de R$ 30 mil. Ele acredita que possa haver uma ligação entre os grupos, mas a extorsão acontecia independente do roubo, tanto que os policiais já haviam recuperado o veículo e a vítima continuava sendo extorquida pelo presidiário.

Tão logo a vítima teve o veículo roubado começou a receber ligações no celular, para pagamento de "resgate" do veículo. Quando pediu uma prova de que a pessoa estava com o carro, recebeu uma foto do veículo. Foi graças a esta foto que os policiais chegaram ao lava-jato de David. O carro estava no pátio e ele disse que foi deixado lá por uma mulher, há uma semana. Ele foi preso por receptação de veículo roubado.

Em seguida, como a vítima continuava a receber os telefonemas para cobrança da extorsão, foi marcado um encontro onde deveria levar o dinheiro. Ela foi até o local combinado, na periferia de Várzea Grande. Lá foi presa Elitânia, quando pegava o dinheiro da vítima. Em seguida, ela acabou ligando para a cúmplice, a quem deveria entregar o dinheiro da extorsão. O encontro foi marcado em um supermercado em Várzea Grande, onde foi presa Jaqueline. As duas mantinham em seus aparelhos celulares o telefone do presidiário identificado a princípio como Paulo César, o "Desnorteado", que cumpre pena na Penitenciária Central do Estado por outros crimes. Segundo informações de Elitânia, ele seria seu ex-marido.

Um detalhe importante é que o veículo foi "esquentado" em um prazo curto, de 10 dias. Teve as placas clonadas de NPQ-6890 para NMY-2383. Os números usados são de um veículo sem problemas que vinha circulando em Cuiabá, com as mesmas características. Tanto que o nome da proprietária deste carro constava também da nova documentação dada ao carro roubado. Segundo os policiais, a quadrilha é bem organizada, e possivelmente tem acesso a informações privilegiadas sobre a frota circulante.





Fonte: A Gazeta

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