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Agronegócios
Quarta - 02 de Março de 2011 às 09:46

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Cuiabá (MT), 01 de março de 2011 – O abate clandestino de gado em Mato Grosso é uma preocupação antiga do governo do estado e dos produtores. Segundo o secretário da Casa Civil, Eder Moraes, “hoje o abate clandestino chega a 2,5 milhões de cabeças por ano e queremos acabar com isso definitivamente”. Para montar uma força tarefa estiveram reunidos no final da tarde de ontem (28/02) na Casa Civil, a Acrimat – Associação dos Criadores de Mato Grosso - representantes da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar - Sedraf, do Comando da Policia Militar, do Indea – Instituto de Defesa Agropecuária e da Secretaria de Acompanhamento das Políticas e Programas de Desenvolvimento.

O superintendente da Acrimat, Luciano Vacari, disse que os números são realmente preocupantes, “pois representam 50% do abate anual de Mato Grosso”. No ano de 2010 os abates oficiais de mato-grossenses atingiram 4,33 milhões de cabeças, segundo o Indea e o valor bruto da produção – VBP - foi de R$ 4,95 bilhões, segundo levantamento do Imea. Para a Acrimat, caso esse número anunciado pela Casa Civil se comprove, isso coloca em risco toda imagem do setor. “Vamos fazer um levantamento minucioso do impacto desse abate clandestino no que se refere aos impostos e empregos”, salientou Vacari. Outro ponto observado é o de roubo de gado “que pode diminuir bastante com o fim dos abates clandestinos”.

 O abate clandestino além de gerar prejuízos aos cofres públicos, devido à sonegação de impostos, também coloca em risco a saúde da população, pois não seguem as normas da vigilância. Sendo assim, a força tarefa montada vai contar com a participação de diversas secretarias, como a de Saúde, com a Vigilância Sanitária, de Fazenda, a Sedraf, Policia Militar, Indea e outros. A fiscalização vai contar com unidades móveis e atuar em todo estado. “O abate clandestino é um risco sem precedentes para a saúde e se for preciso vamos envolver a Policia Federal e o Ministério Público nessa ação conjunta, pois é uma questão de Estado já que oferece riscos à toda sociedade de Mato Grosso”, disse o secretario, Éder Moraes.

 






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