Henry vê radicalismo doentio em greve dos médicos
O secretário de Saúde do Estado, Pedro Henry, classificou, durante visita ao Hospital Santa Helena nesta quarta-feira (2) junto com o governador Silval Barbosa (PMDB), de “radicalismo doentil” a decisão dos médicos do Estado de entrar em greve a partir do dia 9 deste mês e adiantou que não vai se sentir intimidado.
Defensor “ferrenho” da contratação de Organizações Sociais (OSs) para a terceirização dos hospitais regionais, contestada pela categoria, o secretário avalia que Mato Grosso insiste em manter um modelo de gestão que já está notoriamente defasado e que não funciona mais.
“Esse novo modelo não fui eu que inventei”, alegou, ao citar outros estados, como São Paulo, que adotaram esse tipo de sistema e que vem surtindo efeito positivo.
Henry considera “inviável e impraticável” a exigência do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed) da realização de concurso público para a contratação de profissionais para a área. Segundo ele, o orçamento da Saúde já está no limite e é impossível ter gastos vultuosos.
Após reunião de mais de 2 horas e meia com os profissionais da área nesta terça-feira (1º) à noite, o secretário disse que debateu sobre a proposta de terceirização e explicou sobre o motivo pelo qual tem defendido o projeto, mas que o Sindimed não apresentou nenhuma justificativa convincente que o fizesse mudar de ideia.
Desse modo, afirmou que vai manter o posicionamento em relação à contratação de OSs e que não vai buscar diálogo com a classe. Avalia, porém, que a paralisação das atividades não será “legítima”, ou seja, estará dentro da legalidade.
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