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Economia
Quarta - 02 de Março de 2011 às 20:59

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O comércio não chegou a um acordo sobre a alta da Selic (taxa básica de juros) nesta quarta-feira, de 11,25% para 11,75%.

Enquanto a ACSP (Associação Comercial de São Paulo) definiu a medida como a "mais razoável possível", a Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo) afirmou que a ação do Banco Central "estrangula o crescimento econômico do país".
 

"Entendo que [a alta dos juros] foi a medida mais razoável possível tendo em vista as pressões inflacionárias. Agora é preciso que a presidente Dilma Rousseff resista às pressões dos partidos por mais gastos, para que ela possa fazer uma administração austera reduzindo os gastos da máquina pública, que é uma boa maneira de combater a inflação", disse Alencar Burti, presidente da ACSP.

A Fecomercio, por sua vez, afirmou em nota que seria mais prudente esperar o mercado se estabilizar e, se necessário, aumentar a Selic somente no futuro. Segundo a entidade, a ação do BC estrangula o crescimento porque não lida com "as verdadeiras causas do aumento de preços: guerra cambial e crescentes gastos de custeio da máquina pública". A entidade também afirmou que, como as commodities sofrem pressão global de preços, a ação do BC torna-se inócua.

"O aumento do preço dos produtos está diretamente ligado às pressões no preço das commodities agrícolas e do petróleo no mercado internacional", disse o presidente da Fecomercio, Abram Szajman.

A entidade ainda cobrou mais controle dos gastos governamentais e afirmou que o aumento da Selic irá impactar na capacidade de consumo das famílias, "transferindo para o setor financeiro recursos que circulariam na compra de bens e serviços".






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