Dois estudantes da FGV levaram tiros em um bar de SP; um deles morreu. Questionado por que atirou, ele disse estar "sem noção".
Polícia divulga vídeo de suspeito confessando ter atirado em alunos
A Polícia Civil de São Paulo divulgou nesta quarta-feira (2) trechos de um vídeo em que Francisco Macedo da Silva, de 24 anos, apontado como um dos assassinos de um estudante de administração da Fundação Getúlio Vargas (FGV), afirma ter praticado o crime por estar “sem noção”. De acordo com os policiais, ele e o irmão são os principais suspeitos de matar a tiros Júlio César Grimm Bakri, de 22 anos, e ferir o amigo dele Christopher Tominaga, 23, que continua internado no Hospital das Clínicas.
A polícia diz que, desde o dia do crime, em 23 de fevereiro, Silva relatou não ter visto mais o irmão. O motivo do ataque – os estudantes estavam em um bar com amigos – foi ciúme, pois a namorada do homem que fugiu foi paquerada pelos universitários, de acordo com as investigações.
O rapaz confessou o crime na cama do hospital onde se recupera do ferimento à bala. Ele foi ferido acidentalmente depois de atirar nos estudantes da FGV. Quando os policiais perguntaram qual a intenção no momento em que fez os disparos, o suspeito respondeu: “Foi matar, né?”. Em seguida, disse que “estava sem noção” quando decidiu cometer o crime. Nesta quarta, Tominaga deixou a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas, na Zona Oeste da capital.
Na segunda, o delegado da Seccional Centro de São Paulo, Kleber Altale, disse que entre o planejamento e a execução do crime contra os dois estudantes se passaram apenas “uma hora e 15 (minutos)".
Segundo a polícia, um dos suspeitos estava com a namorada no mesmo bar dos universitários e, assim que soube da possível paquera, resolveu buscar o irmão para se vingar. Eles voltaram ao local de moto e, ainda com os capacetes, realizaram o ataque. Parte da ação foi filmada por câmeras de segurança de um prédio vizinho.
Inocente solto
O homem que havia sido detido na semana passada por suspeita de envolvimento no crime foi liberado no dia 27 da carceragem do 77º DP, em Santa Cecília (Centro), por falta de provas. Ele também estava com um machucado na perna e acabou levado pelos policiais. A família do rapaz chegou a prometer juntar provas para provar a inocência dele. Altale negou que tenha havido falha. "Não é erro. A polícia trabalha com investigação e tudo foi feito na legalidade."
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