Delegada indicia frei por estupro de vulnerável contra adolescente

A delegada Juliana Chiquito Palhares, da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Mulher de Várzea Grande, indiciou o frei Erivan Messias da Silva (50) pelo crime de estupro de vulnerável. Ele foi flagrado saindo de um motel com uma adolescente de 16 anos, no dia 31 de janeiro, no bairro Ponte Nova, em Cuiabá.

A delegada, responsável pelo caso, disse em entrevista ao site da TVCA que finalizará o inquérito policial ainda hoje e deverá encaminhá-lo nesta quinta-feira (3) para a Justiça. “Estou terminando o relatório e a previsão é de que amanhã seja protocolado no Fórum”, frisou.

Ela informou também que já recebeu o relatório de avaliação psicológica da adolescente para a finalização do inquérito, já que este era o único documento pendente. Durante as investigações, foram colhidos depoimentos da garota, da mãe dela e do frei.

“Continuo mantendo o mesmo entendimento sobre a prática do crime e, por isso, o indiciamento”, reforçou a delegada. Após o relatório ser remetido à Justiça, caberá ao Ministério Público decidir se oferece ou não a denúncia contra o frei franciscano, que trabalhava na Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, no bairro Quilombo, na capital.

 Amor ou crime?

Investigações da polícia dão conta de que o frei vinha mantendo relacionamento com a garota, há mais de seis meses. Por meio de uma denúncia, no dia 31 de janeiro, ele foi preso em flagrante após sair do motel dirigindo o veículo da paróquia. Depois de permanecer na prisão por quatro dias, a juíza Marilza Aparecida Vitória, da Comarca de Várzea Grande, acatou o pedido de relaxamento de prisão interposto pela defesa e liberou o frei.

Em entrevista exclusiva ao site da TVCA, no dia 8 de fevereiro, o próprio frei confessou estar apaixonado pela menina e até mesmo que poderia abrir mão do sacerdócio para assumir o relacionamento.

Erivan tinha contato constante com a família da menor e freqüentava sua residência. A mãe da menina freqüentava a igreja liderada por ele, mas garantiu não saber sobre o relacionamento da sua filha com o sacerdote. No entanto, após o fato ele foi afastado de suas funções por determinação da Igreja Católica.

Outro lado 

O advogado do frei, Anderson Nunes, disse à equipe de reportagem que aguardará o parecer do Ministério Público Estadual para se manifestar judicialmente sobre o caso.