Vereadores também reprovaram o balanço de 2009 do prefeito de VG
Câmara aprova afastamento de Murilo e Tião
Por conta da reprovação do balanço financeiro, Murilo e Tião ficam inelegíveis por oito anos. A decisão do afastamento será publicada no Diário Oficial e em jornal do município. O prefeito pode recorrer da decisão. Se comprovadas irregularidades na gestão, o prefeito pode ter o mandato cassado. Caso se concretize a meta dos parlamentares, o presidente do legislativo, João Madureira dos Santos (PSC), assumirá o comando da prefeitura. Nessa ordem, o primeiro-vice-presidente da Casa de Leis, Maninho Barros (DEM) comandará o Legislativo.
Diante do cenário crescente de denúncias e reclamações sobre a administração, Murilo contabilizou a perda total dos aliados. Então líder do Governo, o vereador Charles Caetano (PR) abriu mão da função. Ele alegou que votou de acordo com os demais parlamentares por entender que não houve contrapartida do prefeito republicano em relação aos constantes apelos para que realizasse uma mudança "severa" na cidade.
Ele destacou ainda que entregou o cargo na terça-feira, por isso a posição de acompanhar os vereadores na votação contra Murilo. "Conversamos com o prefeito entre terça-feira e quarta-feira em várias reuniões. Foram mais de 10 horas de conversas e não consegui uma resposta condizente com as necessidades. Não dá para continuar na liderança quando não se tem resposta do prefeito".
O clima acalorado tomou conta da Casa de Leis já na manhã de ontem. Ao tomar conhecimento do grau de insatisfação dos parlamentares, o gestor buscou entendimento numa reunião ampliada realizada no gabinete de João Madureira. Na tarde de ontem, o prefeito ainda apostava na compreensão dos parlamentares. "Ficou tudo certo. Eu expliquei que volto depois do carnaval e que vou implantar uma reforma na cidade. Tá tudo certo", disse. À noite, após o resultado da sessão, Murilo não atendeu a reportagem.
O advogado Paulo Taques foi acionado na noite de ontem para assumir a defesa de Murilo. Ele se reuniu com o prefeito e equipe próxima ao gestor. Adiantou apenas que cabe recurso "tanto administrativo como possível medida judicial para garantir o mandato do prefeito".
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