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Polícia
Sexta - 04 de Março de 2011 às 08:43

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O roubo foi tramado por 5 rapazes, 3 foram presos em flagrante e 2 são procurados pela Polícia
O roubo foi tramado por 5 rapazes, 3 foram presos em flagrante e 2 são procurados pela Polícia
Três homens armados invadiram a Joalheira Vivara no Goiabeiras Shopping por volta das 15h de ontem e levaram 16 peças joias, entre brincos, correntes, anéis e brincos, avaliadas em R$ 50 mil. O roubo foi tramado por 5 rapazes, 3 foram presos em flagrante e 2 são procurados pela Polícia. Todo material foi recuperado e duas armas municiadas, uma calibre 38 e outra 357, apreendidas. Durante a fuga, a advogada Narana Souza Alves, 27, foi feita refém e obrigada a levar 2 assaltantes.

A invasão da joalheria foi planejada pelo adolescente C.F.A., 17, Victor Almeida Santana, 19, Maik Lucas Santana, 22, Manoel Nicário da Silva, 22, e Russivelt Barros da Silva Filho, 22. Os 3 primeiros ficaram várias horas dentro do Goiabeiras sondando o momento certo para o assalto.

As funcionárias de um quiosque, que fica nas proximidades da Vivara, contam que os rapazes ficaram tomando café em frente a joalheira, esperando a oportunidade para entrar. Conforme o relato, o grupo entrou na loja e levou todas as vendedoras, bem como a gerente para dentro da sala, localizada nos fundos. Pelo vidro, era possível ver um deles com a arma presa a cintura.

Conforme a Polícia Militar, Manoel Nicário dava suporte ao adolescente, Victor e Maik, que fugiu da loja, abandonando os comparsas. Maik e Nicário fugiram no Ford KA vermelho, placa NJJ 6768, e ainda não foram localizados.

O adolescente e Victor pegaram as joias e saíram correndo pela porta da frente, seguindo pela rua Almirante Henrique Guedes, na lateral. Cerca de 200 metros a frente, a dupla entrou no veículo Prisma da advogada Narana, que deixava a mãe em uma clínica de estética.

A mulher conta que os rapazes estavam nervosos e contaram que haviam feito um assalto na Vivara, mas não a ameaçaram. Apenas queriam que ela ajudasse na fuga e os levassem aonde mandassem. "Ainda falaram que se eu quisesse, eles me davam uma correntinha quando chegassem no local que queriam".

A ação foi percebida pela mãe da vítima, que também acionou a Polícia. Narana seguiu para o bairro Jardim Cuiabá e na avenida das Flores foi surpreendida pela Rotam, quando os assaltantes mandaram ela entrar uma rua menos movimentada do bairro. "Não sei como, mas saímos de novo na avenida das Flores e a Rotam começou atirar no carro, acertou os 2 pneus traseiros".

Os rapazes mandaram que a advogada continuasse fugindo. Com medo de ser atingida por algum tiro, Narana baixou o vidro do carro e colocou a mão para fora, sinalizando para a Polícia que ela estava dentro do veículo. A mulher entrou na avenida Miguel Sutil, onde a viatura da Rotam interceptou o Prisma, que ficou todo amassado com as batidas da viatura.

Victor e C. foram rendidos no local e as joias recuperadas. Eles portavam as armas apreendidas. Um revólver 38, com 5 munições, e uma 357, de uso restrito, com 6 balas. No Centro Integrado de Segurança e Cidadania (Cisc) do Planalto, a dupla afirmou que não tinha intenção de praticar o assalto, mas não explicaram porque estavam armados durante um passeio no Shopping. Os 2 afirmaram que já foram presos outras vezes.

A terceira prisão foi de Russivelt, que não participou diretamente do assalto, mas emprestou o Ford Ka para os comparsas. Ele e Maik combinaram que o veículo seria deixado em um lava-jato na avenida São Sebastião. Russivelt foi preso no momento que buscava o veículo. Conforme a Rotam, os policiais estavam avisados da participação do Ford KA e ficaram atentos aos carros do mesmo modelo e cor, quando surpreenderam os 3 envolvidos.

Foragidos - Manoel Nicário e Maik não foram presos, mas a Polícia diz que em breve chegarão aos acusados. A Rotam acredita que Maik seja o líder do bando. Na casa dele, localizada no bairro Jardim Independência, a PM encontrou um "pano de joias", possivelmente roubado em alguma residência. Ele é apontado ainda como traficante conhecido da região.

Funcionários e clientes - O assalto na joalheria não foi percebido por vários lojistas que estavam no Goiabeiras. Uma hora após a ação, algumas pessoas acreditavam que a correria tinha sido causada por um incêndio.

A Vivara não funcionou o restante do dia e as vendedoras escreveram em um papel a palavra "balanço", para justificar as portas fechadas. As demais lojas funcionaram normalmente.

Os clientes que aproximavam-se dos quiosques na hora do assalto eram avisados pelos vendedores com gestos. A correria foi inevitável e muitas pessoas procuraram abrigo nos estabelecimentos, localizados nos outros corredores.

A proprietária de um loja de confecções, Bárbara Zaffir, conta que não viu nada, mas que subitamente, várias pessoas entraram. Ela ficou surpresa, mas afirma que não escutaram nenhum tiro, que pudesse causar pânico.

Bárbara tem loja no local há 4 anos e assegura que nunca foi vítima de assalto. Conforme a comerciante, os marginais preferem as lojas de joias e relógios devido ao montante em dinheiro guardado nos locais e também ao preço dos produtos.

Algumas joalherias, optam por colocar segurança particular, além da oferecida pelo shopping.

Mesmo após o crime, a Bárbara acha que há segurança no prédio. Ela afirma que já teve loja no centro da cidade e lá é muito pior.

Nos pisos superiores, os comentários eram de incêndio e não de assalto. Andréia Muniz, 22, estava fazendo uma entrevista de emprego durante a ação criminosa. Ela fala que não sabia do assalto. Na hora da correria, a mulher perguntou para os seguranças o que estava acontecendo e eles informaram que havia um princípio de incêndio que estava controlado.

Outros casos - Esta é a segunda ocorrência policial envolvendo o shopping apenas neste ano. Em janeiro, um casal foi assaltado dentro do estacionamento. Eles foram abordados por um homem armado quando saiam do carro. As vítimas afirmam que os seguranças do Goiabeiras não interferiram na ação dos bandidos. Em 2009, o vendedor Reginaldo Donnan dos Santos, 30, morreu após uma sessão de espancamento dentro do centro de compras. A tortura foi promovida por seguranças do local.

Outro lado - O Shopping Goiabeira informou, por meio de nota oficial, que o sistema de segurança monitorou a ação criminosa, o que ajudou na captura dos marginais.





Fonte: A Gazeta

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