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Internacional
Sexta - 04 de Março de 2011 às 17:04

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O professor John Michael Bailey, da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, deixou que um casal demonstrasse aos alunos – na prática – como funciona um orgasmo. O episódio aconteceu após uma aula convencional, em uma palestra em que a presença dos alunos não era obrigatória. Os três palestrantes eram ligados à cena BDSM, formada por um grupo de pessoas que têm fetiches como o bondage (prazer ligado à imobilização do parceiro), o sadismo e o masoquismo.

A ideia era que os palestrantes falassem sobre seu estilo de vida incomum. Mas eles chegaram mais cedo, bem na hora em que o professor falava sobre a existência controversa do ponto G e da ejaculação feminina. Foi o suficiente para que um dos palestrantes convidados, Jim Marcus, de 44 anos, sugerisse que ele e sua noiva, Faith Kroll, 25, dessem um exemplo genuíno de ejaculação feminina com a utilização de um brinquedo erótico.

Após uma breve hesitação, o professor concordou. Foram dez minutos de “apresentação”. Não houve ejaculação, porém. “Eu não consegui pensar em uma razão legítima para proibir que as pessoas vissem aquilo, e ainda não consigo”, disse à repórter Tracy Clark-Flory, do Salon (leia a reportagem). De acordo com ele, os estudantes foram repetidamente avisados sobre o que veriam. “Aqueles que ficassem desconfortáveis com a ideia teriam permissão para sair”.

A aula virou tema de uma reportagem do jornal da faculdade, o que deixou muita gente perplexa. Evidentemente, foi impossível manter segredo, a história vazou e o professor recebeu inúmeras críticas, inclusive do reitor da universidade, Morton Schapiro. Ele divulgou uma declaração em que critica “o julgamento extremamente infeliz do professor” e afirma que será instaurada uma investigação oficial.

Bailey, por sua vez, diz que o que ocorreu reforça o fato de que uma parte significativa da sociedade é muito conservadora. “Algumas pessoas estão se sentindo ultrajadas por interações sexuais que não prejudicam ninguém”, afirma.

Embora seja estranho que um curso que aborda a sexualidade humana se cerque de tabus, vale pensar se a faculdade é o lugar apropriado para o sexo explícito e se o sexo explícito tem, de fato, valor pedagógico. O que você acha?

 





Fonte: Época

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