Câmara quer CPI contra prefeito
O vereador e ex-presidente da Câmara de Itiquira Ademir Alves de Oliveira (PMDB) pediu em sessão na Câmara para que seja instaurada duas CPIs contra o prefeito José Ernani Sander, o Nani (PSDB). Entre as reclamações do parlamentar, está a denúncia de uma suposta compra irregular de livros escolares para o ano letivo de 2010. O montante chega a R$ 80 mil, no entanto, os materiais não teriam sido entregues até o início deste ano.
O vereador solicita ainda que o prefeito renuncie ao cargo, pois acredita que o ex-aliado não tem conseguido administrar a cidade. “Eu apoiei ele na campanha, fiz de tudo pra ajudar a elegê-lo, mas me decepcionei. Ele colocou a família dele para administrar. Ele não faz nada. A cidade está um caos e quem manda é a esposa dele”, se referindo à secretária de Assistência Social Nanci Velasco, que segundo o peemedebista, tem influenciado negativamente nas decisões do prefeito. Ademir chegou a ironizar o prefeito citando um trecho de uma nova música “vou não, quero não, posso não, minha mulher não deixa não”, que faria jus à situação de Nani.
Confira as rescentes declarações de Nani
Outra denúncia trata do transporte escolar de alunos que cursam faculdade em Rondonópolis. Segundo Ademir, os graduandos não estariam tendo mais acesso às vans para chegarem até o município vizinho. O vereador não soube especificar o motivo da suspensão do benefício, mas ressaltou um fato recente que teria causado indignação entre os moradores de Itiquira. “O prefeito tinha autorizado que fossemos a um funeral perto daqui e quando fomos abastecer, a primeira-dama falou que não íamos mais. Foi seca, disse não e pronto”, desabafa Ademir.
Nani vem passando por inúmeros problemas em sua administração. Recentemente, teve suas contas reprovadas pelo TCE, recorreu, mas não obteve êxito. As irregularidades ultrapassam R$ 180 mil. O vereador ainda aponta que as ruas estão esburacadas e a saúde deixa muito a desejar. Com um orçamento de R$ 34 milhões, Ademir reclama e revela que ano passado o prefeito queria realizar um concurso público para a prefeitura, no entanto, os salários disponibilizados por ele seriam pífios. “Ele queria pagar R$ 1,5 mil para um Químico, e para um Fiscal de Postura o piso era de R$ 798. Eu, como era presidente da Câmara, pedi que me enviasse um prospecto do impacto financeiro e uma explicação para ele querer fixar salários tão baixos. Até hoje ele não enviou nada à Casa e isso empaca a prefeitura, que não consegue trabalhar por irresponsabilidade administrativa”, finaliza. Procurado para responder às acusações, o prefeito não foi localizado.
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