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Economia
Sexta - 04 de Março de 2011 às 22:45

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A disparada dos preços do petróleo assombrou novamente os mercados, derrubando as Bolsas americanas e europeias, sem poupa a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) na rodada de negócios desta sexta-feira. E os bons números da economia dos EUA não foram suficientes para animar os investidores a permanecerem na ponta de compra, como nos dois últimos pregões.

Em Nova York, o barril foi negociado por US$ 104,42 no contrato de abril (alta de 2,46%), a cotação mais alta desde setembro de 2008, enquanto na praça de Londres, o preço da commodity atingiu US$ 115,97, em um acréscimo de 0,85%.

"Quando rompeu a marca dos US$ 100, o mercado começou a considerar que tão cedo esse preço não volta, quer dizer, salvo algum desfecho rápido na situação na Líbia", comenta Mitsuko Kaduoka, analista da Indusval Corretora.

O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, retrocedeu 0,20% no fechamento, aos 68.012 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,7 bilhões. Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caiu 0,72%.

O dólar comercial foi negociado por R$ 1,654, em um decréscimo de 0,42%. A taxa de risco-país marca 165 pontos, número 3,1% acima da pontuação anterior.

O Banco Central já realizou operações para compra de dólar a termo (que liquidam em semanas) e à vista (que liquidam em dias) na manhã desta sexta-feira, numa sessão em que a taxa de câmbio doméstica recua para 1,64, a menor cotação do ano.

Entre as notícias mais importantes do dia, o Departamento do Trabalho dos EUA revelou que a taxa de desemprego cedeu pelo terceiro mês consecutivo, de 9% para 8,9% entre janeiro e fevereiro. Economistas do setor financeiro projetavam uma taxa de 9,1%. A geração de empregos também surpreendeu: entre contratações e demissões, foram abertos 192 mil postos de trabalho, acima da expectativa do mercado, que estimava criação de 174 mil vagas.

O mercado de trabalho é um dos principais pontos fracos da recuperação americana e por esse motivos, as estatísticas desse segmento são acompanhadas com atenção por investidores e analistas.

Ainda nos EUA, o Departamento de Comércio informou que o volume de encomendas ao setor industrial cresceu 3,1% em janeiro, a maior taxa de expansão desde setembro de 2006, puxado pelo aumento na demanda por aeronaves.

No front doméstico, o IBGE apontou inflação de 0,80% em fevereiro, ante variação de 0,83% em janeiro, conforme a leitura do IPCA, índice oficial para o regime de metas do governo. No acumulado em 12 meses, o IPCA teve alta de 6,01%.

Outro importante índice de preços também desacelerou: a FGV calculou uma variação de 0,96% para o IGP-DI em fevereiro, ante 0,98% no mês anterior.






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