Líder de grupo pró-Chávez, Lina Ron morre aos 51

O ministro da Informação, Andres Izarra, confirmou a morte, dizendo que Ron não tinha sinais vitais quando chegou a um hospital da capital do país, Caracas. "Honra e glória para Lina Ron", disse Izarra em seu perfil no Twitter.

Ron liderou grupos de partidários de Chávez que estiveram envolvidos em ataques contra protestos da oposição, e ela repetidamente disse que pegaria em armas, se necessário, para defender o mandatário e seu movimento socialista.

Com cabelos louros e uma imagem de durona, Ron rapidamente se tornou um nome conhecido na Venezuela nos primeiros anos depois que Chávez assumiu o poder, em 1999.

Ela fundou o pequeno partido político União Popular Venezuelana e, por anos, foi uma voz proeminente no braço radical do movimento de Chávez.

Certa vez, o mandatário disse que Ron era "uma boa mulher, mas ela tende para a anarquia".

O presidente se opôs publicamente a algumas de suas táticas. Ela enfrentou várias acusações relacionadas ao seu envolvimento em perturbações.

Em 2009, um tribunal aceitou acusações criminais contra Ron, incluindo ataque e uso ilegal de arma de fogo em seu papel em um ataque no qual seu grupo atirou bombas de gás lacrimogêneo nos estúdios da emissora de TV Globovisión --que mantém uma linha crítica contra Chávez.

Ela também liderou um grupo que invadiu e temporariamente ocupou os escritórios do representante do Vaticano em Caracas, em 2008.

Em um protesto anterior que gerou críticas, ela queimou uma bandeira dos EUA pouco tempo depois dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.

Alguns oponentes do governo dizem que Ron foi útil a Chávez por regularmente intimidar membros da oposição, enquanto autoridades se distanciam publicamente dela.