Milhares protestam no Líbano contra sistema sectário
A Constituição do Líbano, que não tem governo desde que o primeiro-ministro Saad al Hariri foi derrubado pelo Hizbollah e seus aliados políticos em janeiro, preserva a divisão de poder entre diferentes facções religiosas.
Mas críticos dizem que o delicado compartilhamento de poder também tem dificultado o desenvolvimento do país, fomentado a corrupção e fortalecido os líderes das diversas facções cristãs e muçulmanas.
"Pão, conhecimento, liberdade. E não ao sectarismo político", dizia um banner no protesto.
"O povo quer derrubar o sistema", disseram manifestantes, ecoando os pedidos que se espalharam pelo mundo árabe nas últimas semanas.
A manifestação foi realizada em frente ao Ministério de Eletricidade do Líbano, que, segundo os manifestantes, era um símbolo da corrupção e da ineficiência do sistema sectário do governo libanês. O ministério não é capaz de fornecer energia por 24 horas.
O Líbano sofreu com uma guerra civil de 15 anos que terminou em 1990, matando 150 mil pessoas. A violência sectária também irrompeu em 2008, ameaçando levar o país a uma nova guerra civil.
No domingo passado, centenas de pessoas realizaram protestos semelhantes em Beirute ao longo de uma estrada que dividia os dois lados durante a guerra civil.
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