Oposição pede mais protestos no Iêmen; Al Qaeda mata militares
Uma multidão manteve protestos protestando, de forma pacífica, em frente à Universidade de Sanaa, a capital --local onde centenas de pessoas estão acampadas desde o último dia 20.
O ditador iemenita, no poder há 32 anos, rejeitou no sábado uma proposta da oposição, apresentada por representantes religiosos, para que deixasse o cargo até o fim do ano.
Saleh afirmou que permanecerá no cargo até o fim do mandato em 2013.
"A posição do presidente significa sua morte política. A rua é agora nosso único recurso", declarou à agência de notícias France Presse Mohamed al Sabri, porta-voz da oposição no Parlamento.
"Pedimos a todo o povo a intensificação dos protestos e das manifestações em todas as regiões, para que não tenha outra opção a não ser partir", completou.
O regime de Saleh é questionado desde janeiro por manifestações em Sanaa, Taez, Áden e outras cidades.
Neste domingo, seis militares iemenitas morreram, quatro no leste do país e dois no sul do país, em ataques atribuídos à Al Qaeda.
Em Maareb (173 km ao leste de Sanaa), criminosos abriram fogo contra quatro membros da Guarda Republicana que estavam a bordo de um caminhão do Exército. Os militares morreram na hora.
O ataque aconteceu perto de Wadi Abida, considerado um refúgio da Al Qaeda.
As forças de segurança iniciaram uma operação para encontrar os terroristas e um helicóptero abriu fogo contra dois veículos utilizados pela Al Qaeda, segundo fontes oficiais.
No sul, o coronel do serviço secreto Abdel Hamid al Sharabi morreu ao ser atingido por tiros de dois membros da Al Qaeda, que estavam em uma moto, em Zinjibar, capital da província de Abyan.
Na província de Hadramut, também no sul, o coronel Shayef al Shuaibi foi morto a tiros em uma ação similar.
O governo do Iêmen enfrenta a Al Qaeda na Península Arábica (AQPA), que nasceu de uma fusão dos braços iemenita e saudita da rede terrorista de Osama Bin Laden.
Comentários