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Internacional
Segunda - 07 de Março de 2011 às 17:23

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Os preços do petróleo alcançaram os maiores picos em dois anos e meio na rodada de negócios desta segunda-feira, com as preocupações dos investidores de que a crise da Líbia se reproduz em outras nações do Oriente Médio. Nesse contexto, investidores estão fugindo das Bolsas de Valores e correndo para um tradicional "porto seguro": o ouro, que também bate preços históricos.

O mercado acompanha com ansiedade as negociações para uma possível saída do ditador Muammar Gaddafi, enquanto as tropas rebeldes se aproximam da capital Trípoli.

Em resposta, as cotações da commodity oscilaram na marca dos US$ 118,5 o barril na praça de Londres, o preço mais alto desde setembro de 2008. Em Nova York, o barril chegou a ser negociado por US$ 106,41, em um acréscimo de quase 0,5% sobre o valor da semana passada.

As Bolsas de Valores reagem negativamente ao encarecimento do principal insumo da economia mundial. Na Europa, as Bolsas de Londres e Paris derreteram entre 0,5% e 0,7%.

Nos EUA, o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, perde 0,83%, enquanto o S&P500, um índice de ações mais abrangente, recua 1,04%.

A brasileira Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) somente retorna suas operações na quarta-feira, e somente no período vespertino.

Os riscos geopolíticos no Oriente Médio provocaram uma corrida para o ouro: a onça dessa commodity metálica já atingiu o patamar recorde de US$ 1.444 no expediente de hoje.

"Se nós continuarmos a ver uma escalada de tensão, então nós testemunharemos uma nova alta do ouro", disse Ong Yi Ling, analista de investimentos da Phillip Futures, em Cingapura.

OPEP

Mais cedo, o ministro de Energia do Qatar, Mohammed Saleh al-Sada, disse que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) estava avaliando a situação do mercado de petróleo e a necessidade de uma reunião, mas acrescentou que não há escassez no fornecimento ao mercado.

"O fornecimento e estoques [de petróleo] estão em níveis confortáveis", disse a jornalistas Mohammed Saleh al-Sada.

"Não há motivo para nervosismo", ele acrescentou, dizendo que alguns países podem cobrir a queda na produção líbia.






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