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Internacional
Segunda - 07 de Março de 2011 às 21:01

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MASCATE, 7 Mar 2011 (AFP) -O sultão Qabus de Omã remodelou parcialmente nesta segunda-feira seu governo, com o afastamento dos titulares de três das pastas mais importantes, para acalmar os manifestantes que exigem o julgamento dos políticos corruptos.

"O sultão ordenou uma reforma do Conselho de Ministros", anunciou a televisão pública.

Com 70 anos, o sultão possui as funções de chefe de Estado, primeiro-ministro, ministro da Defesa e das Finanças.

Três dos ministros cuja renúncia era exigida pelo povo foram afastados de seus cargos.

O primeiro foi o titular da Economia, Ahmed ben Abdel Nabi Mekki, cujo ministério também foi suprimido.

O ministro do Interior, Saud ben Brahim al Busaidi, foi substituído pelo titular do Funcionalismo Público, Hamud ben Faysal ben Said al Busaidi, e do Comércio e Indústria, Makbul ben Ali ben Sultan, foi trocado por Saad ben Mohamed ben Said Al Marduf Al Saidi.

Estes afastamentos se somam aos anunciados no sábado, que afetaram os titulares da Segurança do palácio e o de Assuntos do palácio.

Esta medida é consequência da pressão dos manifestantes que, desde o final de fevereiro, saiu às ruas, em particular na cidade portuária de Sohar (200 km ao norte de Mascate), para denunciar a corrupção de alguns ministros.

Em Abu Dabi, o ministro das Relações Exteriores, Yussef ben Alaui, assegurou que as "mudanças começaram com esta remodelação e prosseguirão no mesmo ritmo durante os próximos anos".

No entanto, esta medida não serviu para acalmar os manifestantes, que voltaram a sair às ruas nesta segunda em Sohar, onde pretendem passar uma nova noite - a nona consecutiva - no acampamento de barracas instalado em uma praça da cidade.

"Queremos que os responsáveis sejam julgados", declarou à AFP Ali Habib, um dos organizadores destas manifestações, depois do anúncio da reforma ministerial.

O sultão também anunciou a criação de 50.000 empregos, ajudas aos desempregados e a criação de uma comissão para apresentar propostas visando a dar mais poder à assembleia consultiva eleita.

O sultanato tem recursos petroleiros limitados, mas ocupa uma situação estratégica no Golfo, de onde procede 20% do petróleo que circula no mundo.






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