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Política
Quarta - 09 de Março de 2011 às 20:34

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O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), afirmou nesta quarta-feira que o Conselho de Ética da Casa deve ter como primeira missão analisar a situação da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF), filmada recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM.

Maia disse ainda que, ao pedir informações sobre o caso ao Ministério Público, a parlamentar já está sendo investigada pela Câmara.

Segundo o presidente, a instalação e a escolha do presidente do Conselho de Ética vão acontecer na próxima quarta-feira. Depois disso, os integrantes devem discutir se atos feitos antes do mandato podem ser investigados.

"Essa é uma discussão e um debate que o Conselho de Ética terá que fazer. Temos a necessidade de dar ao Conselho de Ética mais agilidade e mais efetividade", afirmou Maia. Ainda em sua opinião, a situação de Jaqueline é diferente, pois o vídeo foi divulgado após a sua eleição, ou seja, seus eleitores não sabiam sobre o suposto ato ilícito.

Sobre o pedido de investigação ao Ministério Público, Maia disse que está fazendo isso para acelerar o processo, que teria que ser feito de qualquer jeito pela Corregedoria. O corregedor da Casa, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), está fora do país e o pedido de abertura de processo formal ainda não aconteceu.

Maia classificou as imagens divulgadas como "fortes". "Ali as imagens apresentam um ilícito, que precisa ser investigado." Apesar disso, ao ser questionado sobre o corporativismo dos deputados, o presidente da Casa disse que isso "é inerente de qualquer setor da sociedade brasileira".

Mais cedo, Jaqueline informou por meio de nota que sairá da comissão especial da Câmara que discutirá a reforma política. "Aprendi que os interesses da sociedade, de um grupo político, devem prevalecer acima de qualquer interesse individual ou vontade pessoal e, neste contexto, solicito a minha substituição na Comissão Especial representando o PMN", escreveu a deputada.

Na nota, ela não comenta o vídeo em que aparece recebendo dinheiro. A carta é uma resposta à direção do PMN, que havia "lamentado" que Jaqueline tenha "se deixado envolver ingênua e desnecessariamente numa prática nefasta, própria de agentes políticos de pequena expressão".

O afastamento da comissão especial era um dos pedidos do PSOL, que anunciou que também entrará com uma representação na Corregedoria da Câmara.






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