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Nacional
Segunda - 07 de Outubro de 2013 às 06:17

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 A presidente Dilma Rousseff usou o Twitter neste domingo (6) para se manifestar contra os atos de espionagem dos Estados Unidos no Brasil. Pela rede social, ela afirmou ainda que o Congresso deve votar nas próximas semanas a proposta de Marco Civil da Internet, lei para proteger as comunicações no Brasil, que, segundo ela, "irá ampliar a proteção da privacidade dos brasileiros".
 
Documentos revelados pelo Fantástico em setembro mostraram que a Agência Nacional de Segurança (NSA) mostravam a presidente e a Petrobras como alvo da espionagem dos EUA. Neste domingo ((6), nova reportagem mostrou documentos vazados por Edward Snonden, ex-analista da NSA, mostram que o Canadá também espionou o Ministério de Minas e Energia.
 
Dilma postou no Twitter antes da exibição da reportagem. No microblog, ela citou livro que ganhou sobre a espionagem da NSA: "The Shadow Factory: The Ultra-Secret NSA from 9/11 to the Eavesdropping on America" ("A Fábrica das Sombras: a ultrassecreta NSA do 11 de Setembro às escutas na América"), lançado em 2008 nos EUA, mas ainda sem edição no Brasil.
 
O livro, menciona a presidente, "relata os métodos modernos de espionagem da NSA sobre todos os países" e "descreve a espionagem nos cabos submarinos e na rede de internet". "Relata a terceirização desse serviço de inteligência, com a contratação de milhares de empresas & trabalhadores", continua, em outro post.
 
"Uma conclusão do livro de Bamford: aumenta a capacidade tecnológica para espionar c/ total descontrole sobre quem acessa os dados", escreve, em relação à terceirização dos serviços de inteligência por empresas subcontratadas.
 
Ao informar que o livro é de 2008, Dilma diz: "Mostra q vem ocorrendo há + tempo o q apareceu agora: espionagem a cidadãos brasileiros (inclusive eu), cias e ministérios". Ela depois lembra que pediu explicações e mudanças da espionagem americana e que denunciou o caso na ONU "em defesa dos direitos humanos e de nossa soberania".
 
O Marco Civil da Internet, destacado pela presidente, está parado desde o ano passado na Câmara e foi novamente cobrado pelo governo após as primeiras revelações de espionagem, em julho. O texto estabelece direitos de usuários e obrigações de provedores na rede e objetivo do governo é obrigar que os dados de empresas e cidadãos brasileiros sejam armazenados no país.
 
Uma regulamentação internacional da espionagem também foi cobrada por Dilma no mês passado, em discurso na Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York. Em sua fala, Dilma condenou as ações de espionagem dos EUA, dizendo que elas “ferem” o direito internacional e “afrontam” os princípios que regem a relação entre os países.





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