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Política
Quinta - 10 de Março de 2011 às 08:09

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O deputado Fábio Faria (PMN-RN) vai substituir Jaqueline Roriz (PMN-DF) na Comissão Especial da Reforma Política na Câmara. Jaqueline deixou a comissão após ser filmada recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM.

Faria era suplente na comissão e, com a saída de Jaqueline, será titular. O deputado Carlos Alberto (PMN-RJ) ficará com a suplência.

"Aprendi que os interesses da sociedade, de um grupo político, devem prevalecer acima de qualquer interesse individual ou vontade pessoal e, neste contexto, solicito a minha substituição na Comissão Especial representando o PMN", disse a deputada.

Na nota, Jaqueline não comenta o vídeo. A decisão da deputada é uma resposta à direção do PMN, que havia "lamentado" que Jaqueline tenha "se deixado envolver ingênua e desnecessariamente numa prática nefasta, própria de agentes políticos de pequena expressão".

MENSALÃO

O vídeo faz parte das imagens que relataram o esquema de coleta e distribuição de propinas que derrubou deputados distritais, o ex-governador José Roberto Arruda e secretários de governo em Brasília.

No vídeo, Jaqueline aparece com o marido com adesivos de campanha de 2006, quando saiu candidata e foi eleita deputada distrital. O marido abre a mochila e Durval Barbosa coloca maços com notas de R$ 50. Após a entrega do dinheiro, Jaqueline pede mais verba. "Você vê possibilidade de aumentar isso?", diz.

Durval então diz que ela deveria procurar empresas. "Tem cinco pessoas que disseram que iam me ajudar, mas até agora nada. O da CEB (Companhia Energética de Brasília) ficou de me ligar, mas nada", reclamou Jaqueline.

O envolvimento de Jaqueline nos vídeos do mensalão do DEM abre um novo ciclo de investigações que surgiu após o racha entre o grupo de Arruda e Roriz. Durval e outros citados no caso eram aliados de Roriz que o deixaram para apoiar Arruda. O vídeo está sendo analisado pela Procuradoria Geral da República.

Na época do vídeo, Durval era chefe da Companhia do Desenvolvimento do Planalto Central --segundo a CPI da Corrupção, esse era o principal canal de desvio de dinheiro durante a campanha que elegeu Arruda.

Quando o mensalão do DEM estourou, em novembro de 2009, Jaqueline se disse de oposição a Arruda e criticou os deputados que apareceram em vídeos recebendo dinheiro de empresas que tinham contratos com o governo do Distrito Federal.






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