Picanha, por exemplo, baixou de R$ 24,90 para R$ 19,99/kg
Preço da carne encolhe 19%

Segundo o presidente da Associação dos Supermercados de Mato Grosso (Asmat), Kássio Catena, a redução é pontual e foi incentivada, unicamente, pela competição no setor. Ele ressalta que os produtos não tiveram alteração de valor na indústria. Para o proprietário das unidades Modelo, Altair Magalhães, a queda no preço está relacionada com o excesso de carne no mercado. "As prateleiras estão sempre sendo reabastecidas. O mercado está mais competitivo, o que leva os estabelecimentos a fazerem promoções". De acordo com ele, os preços devem se manter estáveis, excluindo os preços promocionais, até o fim das chuvas.

Já a gerente geral da Rede Comper, Izilda Maria, afirma que a queda do preço da carne ocorreu durante a segunda quinzena de fevereiro. Os preços reduziram entre 4 % e 6% nas gôndolas. "Atualmente o preço da carne está estável na Rede".

Alguns consumidores sentiram a diferença no valor dos produtos. "A picanha que costuma a custar cerca de R$ 40, está sendo vendida na média de R$ 20", diz o comerciante Ari Dias. Segundo ele, os novos preços propiciaram a formação de estoque. "Aproveitei para comprar a carne paro o mês todo".

Em geral, a maioria dos consumidores ainda reclama dos preços. A assessora parlamentar Eliana Coelho, conta que tem notado a alta nos preços das carnes há 5 meses. Segundo ela, a alternativa para que as compras não pesem no orçamento é acompanhar as promoções.

A dona de casa, Dina Rocha, também concorda que os preços estão altos e para driblar a alta tem buscado os preços mais atrativos.

A economista Vera Lúcia Fontes acompanha constantemente as oscilações dos preços nos supermercados. "Cada dia fica mais caro". Na hora das compras ela revela que a alternativa é correr atrás das promoções. "Nos supermercados de Cuiabá e Várzea Grande, além da carne, são promovidas ofertas em determinados dias". Além de atentar para o calendário promocional dos estabelecimentos, ela aconselha o consumidor a ficar atento às marcas. "As vezes um produto é tão bom quanto aquele mais conhecido".

Nesta quarta-feira, nos supermercados da Capital, o filé mignon estava custando, em média, R$ 19 o quilo, a picanha era vendida por até R$ 20/kg e o contra filé a R$ 10/kg. Uma opção mais barata é a fraldinha (cerca de R$ 12 o quilo), o coxão mole (R$ 13/kg) e o coxão duro (R$ 12/kg).