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Política
Quinta - 10 de Março de 2011 às 16:58
Por: Robson Bonin

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A pedido do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, começou a tramitar nesta quinta (10) no Supremo Tribunal Federal inquérito com a finalidade de investigar a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF).

A deputada aparece ao lado do marido, Manoel Neto, em um vídeo no qual o casal recebe um pacote de dinheiro das mãos de Durval Barbosa, pivô do escândalo de corrupção que ficou conhecido como mensalão do DEM de Brasília.

Jaqueline Roriz só será considerada ré se plenário do STF acolher a denúncia, que poderá ou não ser oferecida por Gurgel.

A assessoria da família Roriz informou ao G1 que a deputada não vai se manifestar sobre a abertura do inquérito porque não sabe qual é a acusação que pesa contra ela.

O inquérito foi entregue ao ministro Joaquim Barbosa no STF e já tem dois pedidos de Gurgel. Segundo a assessoria da PGR, o procurador-geral da República solicitou a Barbosa autorização para que a Polícia Federal realize a perícia na fita e tome o depoimento de Jaqueline. Barbosa ainda não se pronunciou sobre os pedidos de Gurgel.

O registro do inquérito no site do Supremo traz apenas as iniciais da deputada, reproduzindo uma prática da Suprema Corte de omitir o nome de autoridades para preservar os investigados. Com a abertura do procedimento, o ministro Joaquim Barbosa vai analisar as evidências reunidas no caso para só então elaborar seu parecer.

O chamado "mensalão do DEM" envolveu pagamento de propina a deputados da base aliada, empresários e integrantes do governo do Distrito Federal. O suposto esquema de corrupção foi desvendado pela Polícia Federal, em novembro de 2009, a partir da operação Caixa de Pandora.

A investigação levou à prisão e à cassação, no ano passado, do então governador José Roberto Arruda (atualmente sem partido; na época no DEM). O vice de Arruda, Paulo Octávio (sem partido, ex-DEM), assumiu o governo depois que o então governador pediu afastamento, mas renunciou para defender-se das acusações. Ambos sempre negaram envolvimento com o suposto esquema.

No ano passado, por conta da crise política, o Distrito Federal esteve ameaçado, durante meses, de intervenção federal. Após a renúncia de Paulo Octávio, em fevereiro de 2010, o então presidente da Câmara Distrital, Wilson Lima (PR), assumiu o governo.

Lima deixou o cargo depois que a Câmara elegeu para governador o então deputado distrital Rogério Rosso (PMDB). Ele concluiu o mandato iniciado por Arruda e permaneceu até a eleição de outubro, cujo ganhador foi Agnelo Queiroz (PT), atual governador.
 





Fonte: Do G1

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