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Saúde
Terça - 15 de Março de 2011 às 15:10

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Getty Images-Anderson Barbosa/AE
O trânsito e os aparelhos que tocam música são os que mais contribuem para os danos aos ouvidos
O trânsito e os aparelhos que tocam música são os que mais contribuem para os danos aos ouvidos

O zumbido no ouvido, considerado até pouco tempo atrás um problema de pessoas de meia-idade ou de idosos, tem se tornado comum entre os jovens, alertam especialistas. Entre as causas apontadas estão o uso crescente e inadequado de aparelhos sonoros, estresse e erros alimentares, como consumo excessivo de doces e cafeína. Há até quem aponte o celular como culpado.

O tema será destaque na décima edição do Congresso Mundial de Zumbido, que ocorre nesta semana, pela primeira vez no Brasil. Pesquisas recentes têm mostrado que a incidência do zumbido - barulho constante, que pode parecer um apito, um canto de cigarra ou um chiado de TV fora do ar - tem crescido na população como um todo.

Pesquisa feita há 15 anos pelo National Institutes of Health, dos Estados Unidos, indicava que 15% da população sofria com o problema. Novo levantamento feito no ano passado apontou índice de 24%.

Segundo a otorrinolaringologista Tanit Ganz Sanchez, se o problema continuar crescendo nessa proporção, em menos de 30 anos poderá alcançar 42%.

- Isso representa quase metade da população.

Sanchez coordenou um levantamento com 840 pacientes atendidos no Hospital das Clínicas de São Paulo, entre 2005 e 2007, que mostra um aumento de 20% por ano na incidência de zumbido entre pessoas com menos de 25 anos. Para Tanit, a poluição sonora é a principal explicação para esse crescimento.

O primeiro passo para combater o zumbido é identificar a causa - e elas podem ser muitas. A mais frequente é a degeneração das células auditivas causada pelo processo natural de envelhecimento.

Em segundo lugar vem a poluição sonora, que, com o tempo, acaba lesando as células do ouvido. Há, porém, fatores que a maioria das pessoas desconhece que podem ter ligação com o problema auditivo, como colesterol elevado, diabetes, hipotireoidismo, estresse e maus hábitos alimentares.






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