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Tecnologia
Sábado - 19 de Março de 2011 às 20:52

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As mulheres são maioria quando o assunto é uso de redes sociais, ao menos de acordo com pesquisas que envolvem brasileiras, mexicanas e norte-americanas.

No Brasil, elas são mais engajadas a redes como Facebook, Twitter e Orkut, quando comparadas a eles.

O estudo de outubro de 2010 da comScore mostra que as brasileiras consomem 31% mais conteúdo do que os brasileiros no Facebook.

Ainda assim, nenhuma das três redes tem mulheres em seu conselho de diretores, apesar de o Facebook ter colocado Sheryl Sandberg em uma posição determinante nas decisões da empresa.

Nos Estados Unidos, um balanço geral das mídias digitais de 2010 mostrou a tendências das norte-americanas de aumentar sua liderança quanto ao tempo gasto nos sites sociais.

A pesquisa, também da consultoria comScore, mostra que as norte-americanas passaram 16,8% do seu tempo em sites de redes sociais em dezembro de 2010 --um crescimento de 4,5 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

Já os homens passaram 12% do seu tempo na mesma atividade, também em dezembro de 2010 -com um aumento de 2,9 pontos percentuais em relação ao mesmo período, em 2009.

A comScore afirma que, além de o tempo de uso das redes sociais por mulheres ser maior que o dos homens, ele cresceu de maneira mais acelerada entre os anos de 2009 e 2010.
Pesquisa realizada entre as contas ativas do Twitter no México mostrou que a maioria delas é comandada por mulheres, segundo informações do site milenio.com.

OPORTUNIDADE

Entre as várias mulheres presentes em redes sociais, a chef de cozinha Bridget Davis (@bridget _cooks) foi considerada uma das tuiteiras mais influentes do mundo pelo site Bitrebels.com.

Dona do theinternetchef.biz, ela conta que, até 2009, não tinha vida virtual -"mal tinha uma conta de e-mail".

Foi o ano que seu marido aderiu ao Twitter e que ela decidiu segui-lo e experimentar a ferramenta, "sem grandes intenções de criar uma vida on-line", conta.

"Antes que eu percebesse, já tinha escrito meu primeiro artigo para o The Internet Chef", contou, à Folha, a chef, que mora em Sydney, na Austrália.

Em seu site, ela publica, basicamente, informações, opiniões e vídeos relacionados à comida.

Comparando a indústria da tecnologia com a gourmet, ela conta que o mercado de chefs ainda é predominantemente masculino, ao menos na Austrália.

Ela é só elogios à internet. "Por outro lado, eu acho a internet uma fonte maravilhosa para me conectar com outras mulheres ao redor do mundo", contou.

EGITO

Durante a onda de protestos que terminou com a queda de Hosni Mubarak, que governou o Egito por 30 anos, uma jovem de 26 anos mostrou ousadia por meio das redes.

Asmaa Mahfouz gravou um vídeo em 18 de janeiro, o postou no YouTube e o compartilhou por meio de sua página no Facebook (veja em bit.ly/egitoasmaa). Em dias, as imagens haviam se espalhado.

Olhando para a câmera, Mahfouz diz: "Quem diz que as mulheres não deveriam ir aos protestos porque irão apanhar, tenham honra e hombridade e venham comigo [para um protesto] no dia 25 de janeiro. Vocês não precisam ir para a praça Tahrir. Apenas vão a algum lugar e digam que somos seres humanos livres."

De acordo com o site boingboing.net, alguns especialistas creditam ao vídeo o fato de o governo egípcio ter decidido bloquear a rede social Facebook no país na época do conflito.






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