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Internacional
Domingo - 20 de Março de 2011 às 12:34

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A próxima etapa da coalizão contra as forças do líder líbio, Muammar Kadafi, consistirá em atacar seu apoio logístico "dentro de um dia, mais ou menos", disse neste domingo o máximo responsável pelo exército dos Estados Unidos, o almirante Michael Mullen, ao canal CNN.

"Agora nós pretendemos cortar as linhas logísticas (de Kadafi). Ele conta com suas forças bem alongadas de Trípoli até Benghazi e nós pretendemos cortar seu apoio logístico dentro de um dia, mais ou menos", disse Mullen. "Eu diria que a zona de exclusão aérea está efetivamente em vigor", afirmou o chefe do exército americano.

"Nós contamos com patrulha aérea de combate e aeronaves sobre Benghazi e elas estão lá todo o tempo. Ele (Kadafi) não enviou nenhuma aeronave nos últimos dois dias", disse, referindo-se ao reduto da rebelião no leste da Líbia.

"Nós também atacamos algumas de suas forças terrestres nos arredores de Benghazi. Ele atacou Benghazi ontem. Então, vamos interromper isso, ao menos temporariamente", acrescentou. "Estamos agora em uma situação na qual dependeremos do que ele fará", disse.

Cindida entre rebeldes e forças de Kadafi, Líbia mergulha em guerra civil
Motivados pela onda de protestos que levaram à queda os longevos presidentes da Tunísia e do Egito, os líbios começaram a sair às ruas das principais cidades do país em meados de fevereiro para contestar o líder Muammar Kadafi, no comando do país desde a revolução de 1969. Entretanto, enquanto os casos tunisiano e egípcio evoluíram e se resolveram principalmente por meio protestos pacíficos, a situação da Líbia tomou contornos bem distintos, beirando uma guerra civil.

Após semanas de violentos confrontos diários em nome do controle de cidades estratégicas, a Líbia se encontrava atualmente dividida entre áreas dominadas pelas forças de Kadafi e redutos da resistência rebeldes. Mais recentemente, no entanto, os revolucionários viram seus grandes avanços a locais como Sirte e o porto petrolífero de Ras Lanuf serem minados no contra-ataque de Kadafi, que retomou áreas no centro da Líbia e se aproxima das portas de Benghazi, a capital da resistência rebelde, no leste líbio.

Essa contra-ofensiva governista mudou a postura da comunidade internacional. Até então adotando medidas mais simbólicas que efetivas, ao Conselho de Segurança da ONU aprovou em 17 de março a determinação de uma zona de exclusão aérea na Líbia. Menos de 48 horas depois, enquanto os confrontos persistiam, França, Reino Unido e Estados Unidos iniciaram ataques. Mais de mil pessoas morreram, e dezenas de milhares já fugiram do país.





Fonte: AFP

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