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Segunda - 21 de Março de 2011 às 23:18

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O senador Pedro Taques (PDT) e o deputado federal Valtenir Pereira (PSB) defenderam hoje (21) a ampliação do debate sobre a Reforma Política como fator essencial para que as mudanças no sistema brasileiro sejam efetivadas. O discurso foi reforçado pelo juiz Marlon Reis, membro do Comitê Nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), e a deputada federal Luiza Erundina (PSB/SP) - convidados dos parlamentares mato-grossenses para uma Audiência Pública que acontece hoje na OAB, em Cuiabá, a partir das 19 horas.

A audiência foi intitulada "Perspectivas da Reforma Política". Os líderes políticos concederam entrevista coletiva nesta tarde, no escritório de apoio parlamentar do senador pedetista, em Cuiabá.

"Não há mais como adiar a reforma. Essa é uma reforma para a política. O nosso atual sistema deslegitima o maior bem da democracia que é o exercício da atividade política", disse Marlon. O jurista argumentou ainda que a reforma política é necessária em virtude das falhas no sistema eleitoral que permitem a corrupção e as diferenças econômicas entre os candidatos.

Membro titular da Comissão da Reforma Política da Câmara e criadora da Frente Parlamentar pela Reforma Política com Participação Popular, a deputada federal Luiza Erundina disse que o debate sobre a reforma dá início a uma ampla discussão sobre o Estado brasileiro. "Temos propostas muito interessantes como a votação em listas com alternância de gênero associadas ao financiamento público de campanha; temos a proposta que pede o fim das coligações que hoje enfraquecem o voto do eleitor. A partir dessas questões, podemos discutir a relação entre os poderes", destacou a socialista.

O deputado federal Valtenir Pereira apontou a necessidade de igualdade econômica entre os candidatos durante o processo eleitoral. "Precisamos fazer uma reforma que coloque os candidatos com as mesmas armas, ou seja, com as mesmas condições para disputar uma eleição. Essa questão passa pelo financiamento público de campanha", argumentou.

O senador Pedro Taques frisou que trabalha para se tornar um instrumento de acesso à sociedade na discussão dos temas do Congresso. "Muitos dizem que, quando o Congresso Nacional não quer resolver um problema, cria uma comissão. Trabalho para que cada proposta seja amplamente debatida e a sociedade tenha a oportunidade de participar das decisões. Com a participação da sociedade, a reforma acontecerá", disse o senador pedetista.

Operadores do direito, parlamentares, membros de partidos políticos, representantes de movimentos sociais e a sociedade em geral foram convidados para participar e debater os 11 pontos que norteiam a Reforma.

Nas próximas semanas, serão realizadas audiências em Várzea Grande, Rondonópolis, Cáceres, Sinop e Barra do Garças.






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