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Nacional
Segunda - 07 de Outubro de 2013 às 14:27

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 O governador Sérgio Cabral disse que a Polícia Militar vai garantir aos professores o direito de se manifestar durante os protestos previstos para a tarde desta segunda-feira no Centro do Rio. Segundo ele, no entanto, a polícia terá de agir contra grupos que cometerem atos de vandalismo.

O protesto, que foi convocado pelas redes sociais, tem concentração marcada para as 17h na Candelária. De lá, os manifestantes devem seguir, pela Avenida Rio Branco, até a Cinelândia. Até por volta de 7h45m, no evento “Um milhão pela Educação”, criado no Facebook, quase 79 mil pessoas já haviam confirmado presença no ato. Algumas escolas particulares, como o Edem e o São Vicente, vão encerrar as aulas mais cedo para que os professores possam participar do ato. Motoristas devem evitar a região. 
 
A polícia tem que estar sempre presente para garantir o direito à manifestação, um direito mais do que legítimo. Infelizmente, grupos vão para essas manifestações com o objetivo de enfrentar a polícia, quebrar agências bancárias, quebrar lojas, prédios e o patrimônio público. Isso não tem nada a ver com a manifestação pública e democrática que sempre houve no Rio — disse o governador Sérgio Cabral.
 
Já o comandante da PM, coronel José Luís Castro Menezes, informou que nesta segunda irá publicar no boletim interno da corporação as novas regras, com o objetivo de dar maior agilidade à apuração de denúncias de casos de PMs acusados de agredir manifestantes. O comandante da PM disse ter determinado ao corregedor da corporação, na sexta-feira, que seja criada uma força-tarefa para acelerar a apuração das mais recentes denúncias. Segundo o comandante da PM, os últimos casos de violência estão servindo de estudo.
 
— A partir de agora, todos os procedimentos de apuração envolvendo possíveis desvios de conduta de PMs em manifestações terão o prazo máximo de 15 dias para conclusão — afirmou o comandante da PM.
 
Perguntado sobre qual seria a orientação da Polícia Militar no ato programado para acontecer nesta segunda-feira no Centro, Cabral respondeu que os professores merecem ser tratados com dignidade.
 
— Professor não é baderneiro, merece ser tratado com todo respeito e dignidade. Não há salário hora-aula melhor do que o do Rio de Janeiro, a não ser o de Brasília. Pagamos também meritocracia, auxílio-cultural, auxílio-transporte, auxílio-alimentação. Temos hoje um conjunto de benefícios — afirmou.
 
Na terça-feira passada, após o Legislativo aprovar o plano de cargos e salários da categoria, uma manifestação de professores terminou em confusão. Policiais do Batalhão de Choque lançaram bombas de gás lacrimogêneo para dispersar um grupo que queria forçar a entrada na Casa. Houve correria e mascarados quebraram agências bancárias, depredaram prédios e apavoraram as pessoas que saíam do trabalho na Avenida Rio Branco.
 
Pelo menos 12 agências bancárias foram depredadas, pontos de ônibus e lixeiras foram destruídos, e uma cabine da PM na Avenida Chile foi danificada. Além disso, foi encontrada uma bomba no gabinete do vereador Brizola Neto (PDT), no oitavo andar do anexo da Câmara.
 
Na sexta-feira, depois de decidirem pela manutenção da greve, cerca de 3 mil professores municipais saíram em passeata da Tijuca até a sede da prefeitua. Eles carregavam faixas e cartazes contra o plano de carreira da categoria. Cerca de 100 policiais acompanharam os docentes. A passeata ocorreu de forma pacífica, com apenas um pequeno princípio de tumulto, quando um rapaz que usava roupas pretas e máscara teve a mochila revistada.




Fonte: O Globo

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