Quatro falsos herdeiros reivindicaram fortuna de R$ 3 mi
Quatro “falsos” parentes e uma suposta concubina de Paulo Murtinho, servidor federal que morreu em 2002 sem deixar nenhum herdeiro, requereram judicialmente o recebimento do patrimônio, avaliado em mais de R$ 3 milhões. A "malandragem" foi descoberta no período em que o Ministério Público Estadual (MPE) acompanhou o processo.
O MPE, porém, investigou os pedidos, como explica a promotora de Justiça Rosana Marra, responsável pelo caso, mas foi comprovado que os requerentes eram "falsos parentes", ou seja, não possuíam direito sobre a herança.
Já a mulher que alegou ter se relacionado afetivamente com o falecido ingressou com recurso e impediu, em princípio, que a decisão do juiz Luiz Carlos da Costa, da 1ª Vara de Sucessões e Família da Comarca de Cuiabá, favorável ao repasse do montante à prefeitura da capital, fosse cumprida.
A decisão foi tomada em 2008 e a situação só foi resolvida em 2010. Mas, segundo a promotora, os recursos puderam ser entregues somente agora devido aos levantamentos dos recursos, pois já havia desaparecido cerca de R$ 800 mil da conta e tiveram de ser resgatados.
“Sempre aparecem alguns "companheiros", contou a promotora. Paulo Murtinho nunca foi casado e não teve filho. Morreu de falência múltipla dos órgãos e deixou R$ 2,8 milhões em conta bancária e dois imóveis, situados na Rua Joaquim Murtinho, em Cuiabá, sem nenhum testamento
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