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Internacional
Quarta - 23 de Março de 2011 às 04:48

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A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ONU informou nesta terça-feira que ainda há vazamento de radiação na usina nuclear de Fukushima Daichii, no leste do Japão, onze dias após o terremoto que danificou sua estrutura e provocou diversos acidentes.

No entanto, os cientistas da agência afirmaram que não foi possível verificar de onde exatamente a radiação está vindo.

A AIEA informou ainda que o governo japonês não está fornecendo informações suficientes sobre um dos reatores de Fukushima.

Mais cedo, equipes conseguiram conectar cabos de força em todos os seis reatores da usina, o que possibilitaria restabelecer o sistema de resfriamento deles.

Segundo o correspondente da BBC em Tóquio Chris Hogg, a eletricidade somente será reativada depois que todas as inspeções forem realizadas.

VÍTIMAS

A polícia do Japão divulgou nesta terça-feira uma estimativa em que passaria de 22 mil pessoas o número de mortos no terremoto seguido de tsunami, que arrasou a costa leste do país e deu início a uma crise nuclear.

Segundo a agência de notícias japonesa Kyodo News, já são mais de 9 mil mortos e 13 mil desaparecidos.

O prejuízo causado pela tragédia natural no Japão é estimado pelo Banco Mundial em US$ 235 bilhões (cerca de R$ 392 bilhões), e a reconstrução do país pode levar até cinco anos.

Em contrapartida, a conclusão do relatório é que o impacto da tragédia no crescimento japonês provavelmente será "temporário" e terá efeito "limitado" na economia regional.

ALIMENTOS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a detecção de radiação em alguns alimentos é mais grave do que se imaginava inicialmente e que não é um problema localizado.

Foi encontrado material radioativo em produtos como brócolis, espinafre e leite procedentes de regiões próximas a Fukushima, cuja venda já foi proibida pelo governo.

No entanto, a OMS deixou claro não há evidências de que alimentos contaminados estão sendo exportados para outros países.

China e Coreia do Sul afirmaram que vão intensificar os testes de radioatividade em alimentos importados do Japão.

Também há preocupação em relação à contaminação da água. Segundo a empresa Tokyo Electric Power Company (Tepco), que administra a usina, traços de radiação foram encontrados em amostras da água do mar coletadas perto de Fukushima.






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