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Cidades
Quarta - 23 de Março de 2011 às 19:46
Por: Alexandre Alves

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O prefeito Juarez Costa (PMDB) determinou a contratação temporária de professores para trabalhar em creches que, assim como as escolas municipais de Sinop, também estão fechadas há 38 dias, por causa da greve liderada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Educação Pública (Sintep), e que deixa cerca de 14 mil alunos foras das salas de aula.

A estratégia é convencer os professores que estejam descontentes com o movimento a voltar à atividade, fazendo um “efeito dominó”, e completando o quadro com temporários. No bairro Camping Clube, por exemplo, a creche vai voltar ao funcionamento, o que pode motivar os pais de crianças de outros bairros a também pedir o retorno das alas.

Na Escola Uilibaldo Gobo, os professores se reúnem hoje, para decidir, sem influência do Sintep, o que fazer. “Parte dos professores concorda em voltar às aulas, principalmente por causa da rejeição da proposta do prefeito na última assembleia do Sintep, proposta com ganhos consideráveis para a maioria. Talvez esperemos até segunda-feira”, disse, um servidor daquela unidade, ao Olhar Direto.

Em outras escolas também há o interesse de parcela dos profissionais em voltar a trabalhar, motivados pelo clamor de pais. Há casos em que mães de crianças que ficavam em creches ter que pedir afastamento do trabalho para cuidar delas em casa e, até casos de mães demitidas de empresas por causa de faltas ao trabalho.

Conforme uma professora, o impasse entre Sintep e Poder Executivo, apesar de parecer não ter solução por insuficiência financeira do erário municipal, pode estar perto de ser resolvido. “Estou sentindo que se o prefeito conceder cerca de 30% de hora atividade, a greve termina de vez, porque a maior parte das reivindicações foi aceita pela prefeitura”, pontua.

Atualmente os professores trabalham em Sinop e regime de 20 e 40 horas semanais, sendo 80% em sala de aula e 20% de hora atividade – para planejamento de aula, correção de provas, entre outras atividades inerentes ao trabalho. Conforme a fonte, caso seja concedido os 30% de hora atividade, os professores tem mais tempo para elaborar aulas mais atrativas, com diferentes didáticas.

Outro ponto cobrado pelos professores é a implantação do Plano de Cargos Carreiras e Salários, que o prefeito aceitou em implantar, a partir de maio. Na última assembleia, a presidente do Sintep, Sidnei Cardoso, exigia a implantação imediata. Todavia, boa parcela dos profissionais já aceita que fique para maio – que está a menos de 40 dias.






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