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Economia
Quarta - 23 de Março de 2011 às 21:58

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O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, anunciou investimentos em Minas Gerais nesta quarta-feira, mas acabou gerando descontentamento ao indicar que uma usina de R$ 600 milhões que seria construída em Betim (a 30 km de Belo Horizonte) deve acabar na Bahia.

A estatal passou o projeto da construção de um polo petroquímico para a Braskem, empresa privada na qual o governo é sócio minoritário. "A Braskem que vai decidir onde fazer o polo", disse Gabrielli.

O governo de Minas e a Petrobras haviam assinado um protocolo de intenções sobre o assunto em 2005.

A Braskem já pediu o licenciamento ambiental para fazer a obra em Camaçari (região metropolitana de Salvador). Gabrielli esteve na Bahia esta semana e disse que a empresa investirá R$ 8,5 bilhões no Estado.

Em Minas foram anunciados US$ 3,5 bilhões em investimentos.

Em nota divulgada, o senador Aécio Neves (PSDB), governador do Estado até o ano passado, falou que está "extremamente surpreso e preocupado com o tratamento que o governo federal vem oferecendo a Minas".

"A Petrobras precisa apresentar mais e melhores explicações aos mineiros para essa decisão que prejudica novamente o Estado. A previsão é que seriam gerados perto de 6.000 empregos diretos e indiretos", disse.

O senador reclamou ainda por o governo federal ter dado benefícios fiscais diferenciados para os Estados no fim do ano passado. O que fez com que a Fiat terminasse por retirar de Minas a sua nova planta de expansão, e, por consequência, milhares de novos empregos, afirmou.

INVESTIMENTOS

A Petrobras planeja gastar US$ 150 bilhões em produtos e serviços de empresas brasileiras até 2014 o valor corresponde a quase 67% do total de investimentos previstos pela empresa no período: US$ 224 bilhões.

Hoje, Gabrielli convidou os empresários de Minas a se tornar fornecedores.

O presidente da Petrobras se reuniu com o governador do Estado, Antonio Anastasia (PSDB), e com o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que é mineiro.

O trio falou a empresários sobre as possibilidades de faturamento ao fornecer para estatal. "Minas já tem tradição em vários setores da indústria e pode focar nesse setor de petróleo e gás também", afirmou Gabrielli.






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