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Cidades
Quinta - 24 de Março de 2011 às 08:09
Por: Silvana Ribas

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Mulheres e parentes ficaram revoltados e reclamaram de não poder levar mais alguns itens, como sobremesa para os presos
Mulheres e parentes ficaram revoltados e reclamaram de não poder levar mais alguns itens, como sobremesa para os presos
Mulheres de detentos que ocupam o raio 3 da Penitenciária Central do Estado (PCE) protestaram ontem diante da unidade ao serem barradas na visita. No raio projetado para receber 96 presos, estão 317, que no dia anterior promoveram um princípio de motim com muito barulho. A suspensão das visitas foi uma punição da administração da unidade. Inconformadas, as mulheres chamaram a imprensa para denunciar "as arbitrariedades" do novo diretor que, segundo elas, vem restringindo o acesso a alguns tipos de alimentos na unidade e dificultando as visitas.

Elas alegaram que o motivo do "panelaço" da terça-feira foi a revolta pela falta de atendimento médico a um dos presos que estaria passando mal. "Os outros só fizeram barulho para chamar a atenção dos carcereiros, que não fizeram nada", disse uma delas que aguardava ver o marido com o filho nos braços. As mulheres reclamam que depois que os agentes prisionais passaram a supervisionar o acesso, em vez dos policiais militares, começaram a ser maltratadas. "O banheiro para atender as pessoas que dormem na fila é nojento e somos xingadas pelos policiais. Agora não podemos trazer sobremesas e doces para os presos. Eles reclamam que a comida aqui é horrível e a comida que trazemos temos que levar de volta".

Elas alegam que cada vez é mais difícil o acesso à unidade. Ontem mesmo havia uma companheira que veio de Feliz Natal (536 km ao norte de Cuiabá) e não havia sido autorizada a entrar para ver o marido.

Hoje a unidade programada para receber 870 presos mantém mais de 2.030 e o raio 3 protagonizou no último dia 13 de março uma tentativa de fuga onde 7 criminosos de alta periculosidade, acusados de roubos a bancos no interior, tentaram fugir depois deterem conseguido serrar as celas do cubículo 9. Só não conseguiram porque, apesar do blecaute de energia provocado na madrugada, o gerador foi ligado imediatamente e o grupo foi visto pelos policiais militares e agentes prisionais, já no telhado da unidade, se preparando para chegar ao muro externo. Em novembro do ano passado 3 criminosos, um deles acusado de integrar uma quadrilha internacional de tráfico, deixaram a unidade pela porta da frente.





Fonte: A Gazeta

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