Dado mostra estabilidade ante janeiro, mas queda sobre fevereiro de 2010, diz IBGE
Taxa de desemprego sobe em fevereiro

A taxa de desemprego no Brasil em fevereiro ficou em 6,4%, acima dos 6,1% vistos em janeiro, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta quinta-feira (24). O dado, embora considerado pelo órgão um sinal de estabilidade em relação ao mês anterior, mostra uma queda significativa em relação a fevereiro de 2010 - quando a taxa estava em 7,4%.

A população desocupada ficou em 1,5 milhão de pessoas no mês passado, o que representa uma elevação de 6% em relação a janeiro – ou seja, mais 85 mil pessoas passaram a procurar trabalho. Em relação a fevereiro do ano passado, essa população diminuiu 12,4% (ou seja, há 214 mil pessoas a menos).

A população ocupada, por sua vez, ficou em 22,2 milhões de pessoas - estável na comparação com janeiro. Frente a fevereiro de 2010, houve elevação de 2,4% - um adicional de 515 mil ocupados. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (10,7 milhões) cresceu 1,8% sobre janeiro. Na comparação anual, houve uma elevação de 6,9% - ou 687 mil postos de trabalho a mais com carteira assinada.

O rendimento médio real dos trabalhadores ficou em R$ 1.540,30, o que representa uma queda de 0,5% na comparação mensal - mas uma alta de 3,7% frente a fevereiro do ano passado.

Por região, na comparação mensal, a taxa de desocupação apresentou variação significativa apenas em Belo Horizonte (onde passou de 5,3% para 6,3%). Frente a fevereiro de 2010 foi registrada queda em São Paulo e nas demais regiões o quadro foi de estabilidade.

Entre as atividades pesquisadas, o nível de desemprego de todas manteve-se estável - exceto o da construção, que registrou elevação de 4,1%. Na comparação anual, houve alta nos contingentes de trabalhadores nos grupos de serviços prestados a empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (5,5%) e de outros serviços (5,0%). Ocorreu redução, no entanto, no contingente dos serviços domésticos (-6,6%).