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Polícia
Sexta - 25 de Março de 2011 às 07:48
Por: Ronaldo Couto

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Mais dois militares de Goiás acusados de participarem de uma chacina ocorrida em um bar na cidade Aragarças (GO), na divisa com Barra do Garças (508 km de Cuiabá), foram a Júri Popular, em Goiânia, na quinta-feira (25). Vandir Silva foi absolvido da acusação de ter dado cobertura nessa chacina quando estava de trabalho na viatura e o colega soldado João Oliveira Diniz Junior pegou três anos e três meses de condenação.

A defesa do polícial Diniz entrou com o pedido de progressão de pena para que o militar possa ser solto. Já o militar Vandir, absolvido da acusação da chacina do bar, permanecerá preso porque já responde por um homicídio. O julgamento foi realizado em Goiânia devido à repercussão do caso em Aragarças.

A chacina no bar perto do posto Carinhoso, que resultou na morte de duas pessoas e deixou uma baleada, aconteceu em fevereiro de 2008. Através desse crime a Promotoria denunciou sete militares acusados de participarem de um grupo de extermínio que teria executado 15 pessoas em Aragarças e uma em Barra do Garças.

Dos sete militares quatro já foram absolvidos e somente o sargento Celso Pereira de Oliveira foi condenado a 19 anos por ter sido reconhecido por um sobrevivente da chacina com um dos participantes da execução. A defesa do sargento já recorreu dessa decisão. A testemunha está inclusa no Programa Nacional de Proteção as Testemunhas.

Faltam ser julgados o tenente Neidmar da Silva Camilo e do soldado Odair Fernando Souza que iriam a Júri nesta sexta-feira (25) cuja julgamento foi remarcado por decisão do juiz presidente do Júri Popular para segunda-feira (29).

Os militares estão afastados das funções desde 2008. Segundo a denúncia do MPE o grupo de extermínio atuava oferecendo proteção polícial a traficantes em troca de benefícios. Foram 16 mortes e sete tentativas de homicídio em Aragarças inclusive uma morte em Barra do Garças de um segurança.

Durante as investigações, a delegada responsável por inquérito Azuen Albarelo foi ameaçada tendo a sua casa metralhada e o carro riscado com a letra “M” de morte.






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