Família autoriza doar órgão e descobre que parente está vivo
A família de um homem vítima de um tiro na cabeça autorizou a doação dos órgãos quando foi informada de que ele não havia morrido
Eles contam que o cobrador Hamilton Souza Maia, 43 anos, foi diagnosticado com morte cerebral num hospital de São Paulo e, no dia seguinte, moveu as pernas, a cabeça e levantou uma mão. Os movimentos chegaram a ser classificados como "reflexos" pelos enfermeiros. Horas mais tarde, porém, três médicos afirmaram que Maia, internado desde terça-feira no hospital municipal José Storopolli, conhecido como Vermelhinho, estava vivo.
Atingido por um tiro por volta das 22h30 de terça, quando um ladrão tentou levar seu carro, o cobrador foi levado para o Vermelhinho, na Vila Maria, zona norte da capital. Como não havia equipamentos de tomografia ali, ele foi encaminhado ao complexo hospitalar do Mandaqui, onde passou pelo exame. Sua mulher, Eva Vilma Souza Maia, 48 anos, contou que, ao voltar, o médico disse que a tomografia comprovara a morte cerebral e lhe pediu autorização para doar os órgãos. Na quarta-feira à tarde, ela recebeu a informação de que o marido estava vivo e reagia a impulsos. Ainda assim, o estado de saúde do cobrador é gravíssimo. O projétil está alojado em sua cabeça e ele perdeu massa encefálica.
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