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Internacional
Sábado - 26 de Março de 2011 às 17:29

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A britânica Keira Rathbone, 27, sempre gostou da tecnologia que não está na ponta. Ela coleciona vinis, adora sua maquina fotográfica analógica --que ganhou do pai aos 16--, e pretende instalar um telefone fixo de disco em sua casa. Keira tem também uma coleção de máquinas de escrever, que usa de uma maneira pouco convencional: para pintar.

Keira usa suas máquinas para produzir desde retratos do presidente americano Barack Obama e desenhos de arquitetura até paisagens naturais, compondo as imagens com os caracteres do teclado. "O que me atrai nessas máquinas antigas é como elas são operadas, já que você usa muito mais as mãos", disse à Folha por e-mail.

A artista começou sua atividade pouco usual em 2003, no primeiro ano em que cursou no Instituto de Arte em Bournemouth: "Estava me esforçando para pensar imagens para escrever quando percebi que, em vez disso, deveria usar letras para formar uma imagem", reflete.

Hoje, recebe pedidos de artistas e veículos impressos, e suas obras são expostas em galerias de arte (veja algumas delas no site da artista).

Keira conta ter cerca de 30 máquinas, com diferentes tipos ou tamanhos de fonte, o que usa para mudar o resultado de seus trabalhos. Atualmente, só usa máquinas manuais, de marcas como Smith Corona, Olivetti, Brother e Remington. Os modelos vão desde antiguidades dos anos 1930 até mais modernos, dos anos 1980.

A artista diz que optou por esse uso pouco convencional da máquina para surpreender o público.

Nas exibições públicas, usa as máquinas mais chamativas e afirma que existe mais que a simples curiosidade: "Há também uma nostalgia enorme com máquinas de escrever para todos além de certa idade. Algumas pessoas têm um apego muito romântico a elas".






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