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Sábado - 26 de Março de 2011 às 19:21

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Curitiba, segunda-feira (7), 1h15 da madrugada, feriado de carnaval. O cantor Jacob Boulhout Júnior ia se encontrar com alguns amigos. Ao seguir pela Rua Augusto Stelfeld, no Centro, o carro que dirigia foi atingido por um outro veículo que transitava pela Rua Ermelino de Leão.

O carro do cantor foi jogado na calçada e bateu no muro de um prédio. Ninguém ficou ferido. O que poderia ser um acidente de trânsito comum ganhou outra proporção - o carro que causou a batida era uma viatura da Diretoria de Trânsito de Curitiba (Diretran) e o agente que estava na direção - e em serviço - havia ingerido álcool.

No Laudo do Exame Bafométrico consta que a dosagem alcóolica do agente de trânsito Eduardo Edmundo Triem Júnior foi de 0,52 grama por litro de sangue. A Lei 11.705 do Código de Trânsito Brasileiro, também conhecida como Lei Seca, permite que o motorista tenha, no máximo, 0,2 grama por litro. O cantor também fez o exame e nada foi registrado.

Dezenove dias depois do acidente, o cantor ainda não conseguiu da Diretran que o prejuízo seja pago. "Estou me sentido lesado. Um agente de trânsito deveria dar o exemplo", disse Jacob.

Teste do bafômetro indicou consumo de álcool
O G1 entrou em contato com Urbanização de Curitiba (Urbs), que é o órgão responsável pela administração da Diretran. Em nota oficial, a Urbs afirmou que o agente envolvido no acidente está afastado e que um processo administrativo será instaurado para que o funcionário seja demitido.

Ainda segundo a nota, o motorista recebeu assistência e " (...) em função de trâmites junto à seguradora, o carro reserva ficou à disposição do motorista a partir da terça-feira (22)", o que o músico não confirma.

Segundo ele, a Diretran não ofertou carro reserva e, diante da negativa da seguradora, não garantiu que iria pagar a franquia. "Fiz tudo o que eles [a Diretran] pediram. Como não tive retorno, acionei o meu seguro e contratei um advogado". Jacob disse que o carro reserva que ele está utilizando foi cedido pela seguradora dele.

A Diretran não possui carros próprios, os veículos são locados. A viatura que bateu no carro de Jacob pertence a uma locadora de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Como o condutor do veículo estava alcoolizado, a seguradora da locadora não autorizou o pagamento do sinistro. A advogada e coordenadora do Procon-PR, Cláudia Silvano, explicou que a seguradora pode se negar a pagar o sinistro quando for comprovado que a emgriaguez tenha provocado a batida.

"Os problemas foram os 15 dias de omissão e o descaso", disse o advogado de Jacob, Ricardo dos Santos Lobo. Ele relatou que a após o G1 entrar em contato com a Urbs, um representante do órgão ligou para ele e disse que a Diretran vai pagar a franquia do carro e disponibilizar um carro reserva.

O advogado disse também que a Urbs tentou fazê-lo desistir de uma ação judicial. Segundo Ricardo Lobo, Júnior vai pedir na Justiça o ressarcimento dos prejuízos materiais, danos morais e a desvalorização que o carro vai sofrer pela batida.





Fonte: G1

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