Pedido de licença apresentado pela defesa da parlamentar foi negado pela Casa
Advogado diz que Jaqueline Roriz está “muito abalada”
A deputada federal Jaqueline Roriz (PMN-DF) está “abalada” diante das denúncias que envolvem seu nome em um esquema de corrupção no Distrito Federal. Seu advogado esteve nesta segunda-feira (28) na Corregedoria da Câmara, onde pediu o arquivamento da denúncia que tramita no órgão.
O advogado José Eduardo Alckmin disse que a deputada está em tratamento médico. Ela estaria sem condições psicológicas de comparecer à Câmara devido às denúncias e à cirurgia que seu pai, o ex-governador e ex-senador Joaquim Roriz, teve de fazer no coração.
- No momento, ela não está em condições psicológicas perfeitas para isso [ir à Câmara]. Ela está muito abalada com o que aconteceu, com o episódio do pai dela [Joaquim Roriz]. Assim que ela se restabelecer, ela virá.
Jaqueline Roriz está recebendo faltas desde a semana passada. Mesmo assim, ainda de acordo com o advogado, ela não deverá comparecer à Câmara em breve.
Alckmin evitou comentar a decisão do Departamento Médico da Câmara de recusar o pedido de licença por tempo indeterminado feito pela deputada. O atestado apresentado por Jaqueline, segundo a 3ª Secretaria, não especificava quantos dias a deputada ficaria afastada.
- Acredito que, tão logo ela tenha condições de saúde para voltar a atividade normal, ela fará.
O advogado não descartou a possibilidade de Jaqueline ser examinada por uma junta médica da Câmara.
- Os esclarecimentos que forem necessários serão prestados pelo médico que a atende. [...] Ela está disponível para ser examinada por quem quer que seja.
Jaqueline, segundo Alckmin, estaria “confiante que a justiça prevalecerá”.
- Há regras estabelecidas na Constituição, no Regimento Interno, no Código de Ética e na jurisprudência do Supremo. A questão não é nova, de modo que ela aguarda que ela aguarda que se faça justiça.
Jaqueline pediu licença da Câmara após o vazamento de um vídeo que flagra a deputada recebendo R$ 50 mil das mãos de Durval Barbosa, delator do esquema que ficou conhecido como mensalão do DEM. O vídeo teria sido gravado em 2006, quando a deputada federal concorria à uma vaga na Câmara Distrital do Distrito Federal. Segundo ela, tratava-se de dinheiro de caixa 2 de campanha.
Um inquérito aberto no STF (Supremo Tribunal Federal) apura o envolvimento da deputada no escândalo do mensalão do DEM, suposto esquema de pagamento de propina a aliados do ex-governador do DF José Roberto Arruda (ex-DEM).
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