Serão R$ 40 milhões em obras, metade do dinheiro garantida por Silval
Governo socorre Cuiabá

O governador Silval Barbosa (PMDB) e o prefeito Francisco Galindo (PTB) assinaram ontem o convênio para viabilizar o programa Multiação, em solenidade realizada no Palácio Paiaguás. São R$ 40 milhões (R$ 20 milhões do governo) para recuperação de pavimentação e obras emergenciais para o município, como operação tapa-buracos, que vão preparar a cidade para as obras de mobilidade urbana visando a Copa do Mundo 2014.

Primeiro socorro que Silval dá à Capital deve assegurar ainda a constituição do "elo político" entre os gestores. Galindo, que também é presidente regional do PTB, demonstra simpatia com o estreitamento de laços com o principal líder do PMDB - abrindo precedentes para eventual costura com vistas às próximas eleições.

Silval destacou a importância das ações que beneficiam a Capital. O contrato prevê execução de obras como 30 quilômetros de asfalto. Nessa fase dos trabalhos serão contempladas as avenidas Carmindo de campos, parte da Miguel Sutil, além de 20 quilômetros de lama asfáltica.

A operação tapa-buracos; patrola e cascalhamento de vias sem asfalto; limpeza de praças públicas; córregos e bueiros também entram o pacote de obras. Galindo lembrou que R$ 20 milhões servirão para impulsionar as ações previstas em projetos do município - como os relacionados ao Mundial.

O PTB foi um dos principais aliados do PSDB nas eleições de 2008 - quando o então prefeito Wilson Santos venceu projeto de reeleição. No pleito de 2010, a sigla respaldou a disputa de Wilson ao governo. Hábil no trato das nuances da política, o governador Silval Barbosa tem garantido aproximação com ex-adversários, caso do DEM, que ocupa a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), por meio do deputado licenciado José Domingos e agora, ao que tudo indica, com o PTB de Chico Galindo. O prefeito destaca a importância de os debates sobre alianças ocorrerem somente no próximo ano - mas não esconde sua boa aceitação com a postura adotada pelo governador - de dar as mãos para o Executivo municipal.

A posição do gestor municipal vem assegurando atenção da administração estadual, que também "adotou" o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), diante da confissão da prefeitura de incapacidade de tocar as obras.