O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, David Cameron, disse esperar que o encontro venha a garantir "o máximo de unidade política e diplomática".
Em um comunicado conjunto, a Grã-Bretanha e a França conclamaram correligionários do líder líbio, o coronel Muamar Khadafi, a abandoná-lo "antes que seja tarde demais".
No documento, Cameron e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmam que a conferência "irá aproximar a comunidade internacional de modo a dar apoio à transição da Líbia de uma ditadura violenta para criar as condições para que o povo da Líbia possa escolher seu próprio futuro".
Grã-Bretanha e França foram os defensores mais veementes da implementação de uma ação militar contra as forças leais a Khadafi, que vinham avançando sobre áreas controladas por rebeldes que lutam contra o regime líbio.
No documento, os líderes dos dois países disseram que o governo líbio perdeu toda a sua legitimidade e deve "partir imediatamente".
Obama
Na segunda-feira à noite, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um pronunciamento no qual defendeu o envolvimento americano na operação militar internacional.
Ele afirmou que a intervenção americana salvou "incontáveis vidas" ameaçadas pelas forças do "tirano" Muamar Khadafi.
Mas, ciente de uma parcela expressiva da opinião pública americana vê com receios o envolvimento americano em mais um conflito militar, frisou que os Estados Unidos estavam passando o controle da incursão militar para a aliança militar Otan.
A ação militar americana na Líbia foi autorizada há dez dias – quando Obama estava em Brasília, em visita oficial ao Brasil – e segue uma resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU.
A resolução, aprovada sem o voto do Brasil, que se absteve, prevê o estabelecimento de uma zona de exclusão aérea na Líbia e “todas as medidas necessárias” para proteger “civis e áreas habitadas por civis” de ataques por parte das forças de Khadafi.
Participantes
A reunião desta terça em Londres irá reunir integrantes da coalizão que participa da operação militar contra posições de Khadafi, bem como de representantes da ONU, da Otan, da União Africana e da Liga Árabe.
Os países ocidentais esperam que a presença de países árabes como Qatar, Iraque, Jordânia, Marrocos, Líbano, Tunísia e Emirados Árabes vá reforçar a aliança e indicar que países árabes endossam a operação.
Mas a Rússia, que diz que a operação militar vai além dos termos da resolução da ONU que a autorizou, afirmou que não irá participar do encontro.
A conferência irá também discutir o fornecimento de ajuda humanitária.
Reação
Nos últimos dias, combatentes anti-Khadfai retomaram o controle de cidades que haviam capturado no início da rebelião contra o regime, mas que haviam caído nas mãos de forças do governo.
Entre as cidades retomadas estão áreas estratégicas no litoral do país e que contam com instalações petrolíferas, como Ras Lanuf, Brega, Uqayla e Bin Jawad.
Mas repetidos ataques realizados por tropas leais ao regime impediram-nos de alcançar Sirte, a cidade natal do coronel Khadafi e um alvo de forte simbolismo para os rebeldes.
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