Elas foram vistas com vida pela última vez na quarta-feira (23). Corpos apresentam marcas de tiros e cortes de faca.
Irmãs assassinadas em Cunha serão enterradas nesta terça-feira

Os corpos das adolescentes Josely Oliveira, de 16 anos, e Juliana Oliveira, de 15, serão enterrados por volta das 9h desta terça-feira (29) no cemitério municipal de Cunha, a 231 km de São Paulo. Religiosa, a família realizou o velório na Igreja do Rosário, na mesma cidade. As duas irmãs foram mortas a tiros a cerca de 8 km do local onde foram vistas vivas pela última vez, na quarta-feira (23). A polícia investiga suspeitos do crime.

Exame do Instituto Médico-Legal de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, concluído no início da noite de segunda-feira (28), aponta que as vítimas foram baleadas.

Segundo informações do IML, Juliana recebeu quatro projéteis - um na cabeça e três no peito - e Josely recebeu dois - um na cabeça e um no peito. O exame não determinou se as duas sofreram abuso sexual. A polícia técnica enviou material para o Instituto de Criminalística em São Paulo, para uma análise mais detalhada.

A delegada seccional de Guaratinguetá, Sandra Maria Pinto Vergal, disse que as duas adolescentes estavam vestidas e apresentavam corte de faca no pescoço. Os corpos foram encontrados em um local de mata.

Moradoras na zona rural, Josely e Juliana foram vistas pela última vez ao descer do ônibus escolar por volta das 18h30, a cerca de 1 km da casa delas. Os corpos foram encontrados após uma operação que envolveu helicópteros e cães farejadores durante todo o fim de semana.

Na segunda-feira, amigos da família informaram que os pais das adolescentes estão sob efeito de medicamentos. Na sexta-feira, a mãe das meninas disse que a família tem boas relações com toda a vizinhança e descreveu as filhas como trabalhadoras e sociáveis.

"Temos amizade com todo mundo. Elas têm muito carinho pela família. A gente não brigava. Elas são muito carinhosas e nunca fizeram coisa errada. São muito trabalhadeiras e não fazem nada escondido dos pais. Tudo o que fazem contam", disse Iracema Maria Teixeira de Oliveira.

Josely estava no segundo ano do segundo grau e Juliana, no primeiro. Os pais são casados há 19 anos e a família tira a renda da produção rural.