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Cidades
Terça - 08 de Outubro de 2013 às 07:32

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 Trabalhadores de 3 redes municipais de Mato Grosso lutam por valorização profissional por meio da greve. O instrumento de pressão da categoria tem sido utilizado com o objetivo de manifestar a indignação contra gestores públicos que ignoram os educadores. Em Novo Mundo (785 km ao norte da Capital) o movimento está firme aos 64 dias de greve, mesmo enfrentando as ameaças e atos de retaliação do prefeito.
 
Do acampamento montado na Prefeitura de Novo Mundo a presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) Dayane Constante dos Santos relata por telefone a tensão vivida pelos trabalhadores. "Os próprios funcionários vêm nos dizer que vamos ser demitidos por abandono de emprego e neste momento estão fazendo os atos de exoneração. Mas, isso é ilegal e vamos enfrentar os atos arbitrários do Executivo", diz.
 
Cerca de 30 pessoas estão acampadas na Prefeitura enfrentando o posicionamento ditatorial do prefeito. Dayane conta que o mesmo gestor foi quem sancionou a lei municipal nº 22/2011 que prevê o Plano de Cargos, Carreira e Salários (PCCS) e não vem cumprindo com o dispositivo. O piso salarial não é aplicado a todos. O apoio administrativo não recebe o valor de R$ 1.175.
 
Dayane afirma que ao invés de negociar, o prefeito tem ameaçado a categoria com a possibilidade de corte de ponto e outras sanções. Este comunicado não foi publicado oficialmente. Em Novo Mundo fazem parte da rede municipal 68 servidores, distribuídos em 9 escolas, sendo 2 da zona urbana e o restante da zona rural.
 
Outro municípios de Mato Grosso registram greve na rede municipal. Em Barra do Garças (509 km a leste da Capital) os profissionais estão com as atividades suspensas desde o dia 8 de agosto. O presidente da subsede do Sintep/MT Omar Cirino diz que a gestão municipal apresenta o cenário semelhante de resistência do prefeito. Mas, a categoria tem respondido no mesmo tom.
Os educadores exigem  o pagamento do piso salarial de R$ 1.537. Atualmente o valor está fixado em R$ 1.033. Omar lembra que o mesmo prefeito que ignora a pauta de reivindicações da categoria foi o que prometeu durante a campanha eleitoral que aplicaria o piso. "Eles estão irredutíveis, apesar de terem assinado uma carta-compromisso com o Sintep/MT  na época da campanha eleitoral", destaca o presidente da subsede. 
 
Mais recente iniciou a paralisação no município de Rosário Oeste (128 km ao norte da Capital). Os trabalhadores suspenderam as atividades nas unidades escolares dia 23 de setembro. Os profissionais exigem avanços na carreira e se preparam para enfrentar a tentativa de decretar a greve ilegal por parte do Executivo.





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