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Nacional
Domingo - 05 de Janeiro de 2014 às 11:49

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 Desde que os três acusados do assassinato da adolescente Maiana Vilela, 16 anos, voltaram às ruas para responder em liberdade pelo crime, a mãe dela, Suely Mariano, diz que perdeu a vontade de viver. 
 
“Sinto uma revolta enorme. É como se a vida da minha filha não tivesse valor. Pior: que não tivessem matado um ser humano”, desabafa. Dona Suely conta que gostaria de entender por que mesmo denunciados os responsáveis por um “assassinato cruel e premeditado estão livres”. 
 
“Eles estão na rua, fazendo festa e levando uma vida normal, enquanto minha filha, de apenas 16 anos, teve seus sonhos interrompidos. Ela foi morta covardemente, em uma emboscada”, desabafa. 
 
“Ainda estou sendo obrigada a conviver com os assassinos circulando pelo bairro onde moro”, reclama. Suely conta que há pouco mais de duas semanas foi alertada para a presença do pedreiro Paulo Martins pela dona de um mercadinho próximo de sua casa, no bairro Doutor Fábio. Paulo - que confessou ter matado e escondido o corpo de Maiana a mando do namorado dela, Rogério Amorim - estaria comprando cerveja, carne e carvão. 
 
Já Rogério Amorim, dona Suely reencontrou passeando em um caminhão novo, comprado para a empresa de materiais de construção que tinha desde antes do crime. 
 
“O Rogério agiu tão friamente que chegou a nos ajudar nas buscas pela minha filha sabendo que ela estava morta”, lamenta. Dias antes, com o crime planejado, pagou as passagens para Suely visitar a mãe, portadora de Alzeimer, no Paraná, para que não estivesse aqui quando a filha fosse morta. 
 
Dona Suely destacou que a polícia também apurou que Paulo, amigo pessoal do empresário, chegou a levar o corpo de Maiana até a loja, escondido no porta-malas, para comprovar que ela havia sido morta. 
 
“Eu gostaria de entender por que isso está acontecendo. Se eles serão julgados pelo crime”, completa. Ele disse que esteve por três vezes no Fórum Criminal de Cuiabá tentando saber o que fazer para que os acusados voltem à prisão. “Sou pobre, não tenho advogado”, reclama. 
 
Os três acusados foram pronunciados a júri popular. Entretanto o Tribunal de Justiça anulou a pronúncia por entender que tiveram os direitos de defesa cerceados nas alegações finais do processo. 
 
CRIME - Maiana Vilela desapareceu no dia 21 de dezembro de 2011. Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), a jovem foi vítima de um plano cruel para o seu assassinato, supostamente tramado por Rogério. 
 
Na denúncia, o MPE sustenta que Rogério contratou Paulo e Carlos Alexandre para executarem a menor. Ele deu um cheque de R$ 500 para Maiana descontar no Banco Itaú, no CPA 1. 
 
Ela teria que levar R$ 400 desse dinheiro para pagar o caseiro de uma chácara localizada na região do bairro Altos da Glória. Esse pagamento era parte do plano de Rogério para atrair Maiana. Lá, Paulo e Carlos a aguardavam. 
 
A garota foi até a chácara, entregou o dinheiro para Paulo, que a matou em seguida, por asfixia. Ele teve a ajuda de Carlos Alexandre. A dupla colocou a menor no banco traseiro de um automóvel Uno, de cor prata, que pertencia a Paulo. Eles levaram o corpo de Maiana até a empresa de Rogério, no bairro Três Barras, para comprovar a morte da ex-namorada.





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