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Política
Terça - 29 de Março de 2011 às 15:25

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O mapeamento em detalhes sobre a oferta de especialistas em todo o Brasil poderá evitar uma séria ameaça ao progresso nacional, com um verdadeiro apagão de mão de obra qualificada, particularmente na área de engenharia, com graves consequências para o desenvolvimento.

A preocupação é do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT). O parlamentar acredita, porém, que o levantamento da oferta de especialistas, que está sendo elaborado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em parceria com o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, conselhos regionais, Confederação Nacional da Indústria e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística será de grande utilidade para o País.

“Será um importante estudo, que, com certeza, muito contribuirá para o aperfeiçoamento do ensino da engenharia e a valorização dos profissionais da área no nosso País”, avalia Bezerra.

Reportagem do Correio Braziliense, disse o deputado, aponta que um dos principais motivos para a escassez de engenheiros no Brasil é a má qualidade do ensino. As deficiências começam já no ensino médio, em especial nas matérias da área de exatas. Isso faz com que a evasão de alunos nos cursos de graduação em engenharia seja altíssima, em torno de 80%.

Entidades do setor avaliam que, dos 150 mil estudantes que iniciam a formação, apenas 30 mil a concluem. E, o que é ainda mais grave, de cada quatro profissionais formados, apenas um tem a preparação adequada. Dessa forma, há um prejuízo de cerca de 26,5 bilhões de reais por ano apenas com falhas de projetos em obras públicas.

A estimativa é a de que a cada 1 milhão de reais investidos na economia do País é gerada uma vaga de engenheiro. Hoje, o Brasil forma apenas 10 mil engenheiros por ano, e eles são disputadíssimos pelas empresas, que têm ido buscar esse profissional ainda nas universidades, oferecendo treinamentos e especializações para estagiários, a fim de garantir um quadro profissional compatível com suas demandas.

Nos próximos anos, prevê Bezerra, com o crescimento da economia e a realização de grandes projetos do governo federal, como o Programa de Aceleração do Crescimento e o Minha Casa Minha Vida, o apagão na mão de obra qualificada poderá acentuar agravando ainda mais o quadro com a realização da Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016, o que requer a realização de grandes obras de infraestrutura no País inteiro.

Segundo Bezerra, o estudo do governo também será de grande valia para os estudantes e profissionais em início de carreira, que ali encontrarão preciosas indicações sobre as áreas com maior carência de mão de obra.

As universidades, por sua vez, acrescenta o deputado, também se beneficiarão com os dados gerados pelo levantamento do governo, pois poderão responder com maior rapidez e eficácia às necessidades do mercado, atualizando seus cursos e abrindo novas vagas nas especialidades mais carentes de formação.






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