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Política
Terça - 29 de Março de 2011 às 16:46

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O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) afirmou que não discutiria "promiscuidade" ao ser  questionado pela cantora Preta Gil, no programa "CQC", da TV Bandeirantes, sobre como reagiria caso o filho namorasse uma mulher negra.

A pergunta, previamente gravada, foi apresentada ao deputado na noite desta segunda-feira (28), no quadro do programa intitulado "O povo quer saber": "Se seu filho se apaixonasse por uma negra, o que você faria?"

Bolsonaro respondeu: “Preta, não vou discutir promiscuidade com quer que seja. Eu não corro esse risco, e meus filhos foram muito bem educados e não viveram em um ambiente como, lamentavelmente, é o teu.”

Após a exibição do programa, Preta Gil postou no Twitter que processaria o deputado. "Advogado acionado, sou uma mulher Negra, forte e irei até o fim contra esse Deputado, Racista, Homofobico, nojento".

Procurado pela reportagem do G1, Bolsonaro disse por telefone nesta terça-feira (29) que não quis ofender a cantora Preta Gil, filha do ex-ministro e compositor Gilberto Gil. O deputado afirmou que não compreendeu a pergunta feita por ela e por isso respondeu daquela maneira.

"O que eu entendi, na pergunta, foi o que você faria se seu filho tivesse relacionamento com um gay. Por isso respondi daquela maneira", disse Bolsonaro. "Não sou racista. Apesar de não aprovar o comportamento da Preta Gil, não responderia daquela maneira." Apesar disso, o deputado disse que não vai telefonar para a cantora para explicar o mal-entendido.

A respeito de eventuais questionamentos na Câmara dos Deputados, ele afirmou que explicará o "equívoco" a qualquer parlamentar que queira questioná-lo.

Gays
Bolsonaro não retirou as demais respostas exibidas a perguntas formuladas no programa. O deputado disse que os filhos dele não são gays porque tiveram uma boa educação.

"Eles tiveram uma boa educação. Eu sou um pai presente, então não corro esse risco [de ter um filho gay]".

Questionado no programa sobre como reagiria caso se o filho fosse usuário de drogas, Bolsonaro disse: "Daria uma porrada nele, pode ter certeza disso".

O deputado disse ser contra as cotas raciais adotadas em várias universidades brasileiras. Bolsonaro afirmou ainda que os presidentes do período militar são seus "gurus" na política, e que, se dependesse dele, Dilma Rousseff  "jamais" seria presidente da República.

"O passado dela é de sequestros e roubos", disse, referindo-se à participação de Dilma em organizações armadas que combateram a ditadura. 






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