A empresa também disse que os esforços para conter a crise vão levar tempo. Tsunehisa Katsumata, executivo da Tepco, afirmou que "várias semanas" será pouco tempo para estabilizar os reatores.
Em um sinal de que a dimensão da catástrofe é enorme, Katsumata admitiu em uma entrevista coletiva que o custo de compensação do desastre irá prejudicar financeiramente a empresa, que se esforçará para evitar a nacionalização.
Complexo de Fukushima Daiichi, visto em foto aérea do dia 24 de março (Foto: Reuters)
"Pedimos desculpas por provocar no público ansiedade, preocupação e problemas devido às explosões em prédios do reator e da liberação de materiais radioativos", disse Katsumata no escritório da companhia em Tóquio.
"Nós não temos escolha a não ser sucatear os reatores 1 a 4, se olharmos para as suas condições objetivamente", acrescentou Katsumata em um momento em que os trabalhadores continuam os esforços para impedir o superaquecimento e para restaurar os sistemas de refrigeração.
A empresa informou mais cedo que os reatores 5 e 6, as duas unidades restantes do complexo Daiichi, já estão em condição estável. Desde que perdeu sistemas de refrigeração para reatores após o terremoto e tsunami de 11 de março, a usina tem vazado material radioativo no ar e mar.
Mais cedo, a Tepco disse que seu presidente, Shimizu, de 66 anos, foi internado terça-feira por hipertensão e tonturas. Katsumata, que já assumiu o papel de Shimizu temporariamente na liderança dos esforços para solucionar a crise, disse que o presidente deve retornar em breve e continuar tomando a liderança na gestão da crise.
Shimizu apareceu poucas vezes em público desde uma conferência de imprensa em 13 de março, dois dias depois do desastre natural. Shimizu ficou debilitado a partir de 16 de março, segundo a empresa.
Comentários