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Política
Quarta - 30 de Março de 2011 às 16:47
Por: Julia Munhoz

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O titular da delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Márcio Pieroni, colocou o cargo à disposição para a Diretoria Geral da Polícia Civil. O delegado foi apontado pelo Ministério Público Federal (MPF) como um dos articuladores a farsa sobre a morte do juiz Leopoldino Marques do Amaral, para beneficiar o empresário Josino Guimarães.

O anúncio foi feito durante entrevista ao programa Cadeia Neles, TV Record, e conforme a assessoria da polícia, Pieroni apresentou o pedido verbalmente, que ainda será analisado, ou seja, ele pode ou não ser afastado do cargo. Caso isso ocorra quem, provavelmente, assume o comando da Homicídios será o delegado adjunto Antônio Garcia.

Pieroni foi o responsável pelas investigações envolvendo o presidiário Abadia Paes Proença, que teria afirmado a possibilidade de o juiz Leopoldino, assassinado em setembro de 1999, ainda estar vivo e morando na Bolívia.

Em depoimento a Polícia Federal, o presidiário afirmou ter sido procurado pelo delegado na prisão. Com os depoimentos de Abadia e sua esposa Luziane Pedrosa da Silva, o MPF concluiu que as investigações comandadas por Pieroni não passaram de uma farsa para beneficiar Josino, acusado de ser o mandante da execução de Leopoldino, que será julgado ainda este ano.

As investigações da DHPP foram anuladas mediante determinação do juiz Federal Paulo Cezar Alves Sodré e, após a ‘reviravolta’ envolvendo o delegado, a Corregedoria da Polícia Civil recolheu os três volumes de inquérito produzidos por Pieroni e cópia da decisão da Justiça Federal.

Nessa segunda-feira (28), o corregedor Gilmar Dias Carneiro iniciou uma verificação preliminar e depois de analisar todos os atos do delegado irá determinar para a possível abertura de um processo administrativo para apurar a conduta de Pieroni.
 






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